9 de outubro de 2012

O mês de Outubro corre (sempre) rapidamente.

Isto é o que eu sinto cá dentro, bem cá dentro do meu coração, ali bem fundo da minha alma e do meu ser. Os dias passam, os anos galopam e o Universo gira rapidamente. O Mundo assemelha-se a uma ervilha singela e o que hoje é amarelo, amanhã pode bem ser preto.

Cada ano é, efectivamente, um ano ao qual se somam mais anos. As emoções são sempre completamente distintas, "rasgo" daqui e acolá e componho subtilmente, mas de forma consciente, a minha vida, os meus dias e as minhas noites.

Nada é como era. Nada está igual. Aliás, é tudo novo, tão diferente. Tal como deveria ser (ou não). Não se fica igual (aliás, não se pode ficar igual) depois de se perder tragicamente. Porém, se conseguirmos tão somente aceitar estaremos, garantidamente, a abrirmo-nos à vida. A entrega acontece.

No fim de contas, «A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno e inflama o forte.» e é exactamente por isto que me permito continuar a amar perdidamente todos aqueles que perdi tragicamente e, até quem sabe, fora de tempo.

E hoje, nesta data que veio remexer o Baú das Minhas Recordações mas que me permitiu também lamber feridas no seu devido tempo, aconchego o Património dos Meus Afectos e celebro a vida daqueles que fazem de mim a Mulher e o Ser Humano que sou.

Mãe, Tó, Edmundo, Primo Alfredo, Avós, Tios, Prima Belinha, Beto e Sr. Melo: é em jeito de gratidão e de graças que seguirei o meu Caminho! Até porque, como agora já sabem, o mês de Outubro "corre-me" assim, pronto, rapidamente. Como sempre. Como dantes.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
«Sempre que ocorre uma perda trágica, podemos resistir ou render-nos. A rendição significa aceitar interiormente o que existe. Estamos abertos à vida. A resistência é uma contracção interior, um endurecimento da carapaça do ego. Estamos fechados.Qualquer acção cometida num estado de resistência interior (negatividade), criará mais resistência exterior, e o Universo não estará do nosso lado; a vida não nos irá ajudar. Quando nos rendemos interiormente, quando nos entregamos, abre-se uma nova dimensão de consciência. Se for possível ou necessário agir, a nossa acção estará alinhada com o todo e será apoiada pela inteligência criativa, a consciência incondicional com a qual nos tornamos uno se estivermos receptivos interiormente. As circunstâncias e as pessoas começam então a ajudar-nos, a cooperar connosco. As coincidências acontecem. Se for possível agir, confiaremos na paz e na serenidade interior que surgem quando nos entregamos. Confiaremos (...).»

Eckhart Tolle (Um novo Mundo - Despertar para a essência da Vida)

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
 On my Road again... Always.