30 de abril de 2015

Quem é?


É o Amor e estou aqui para te fazer feliz, mais feliz!

Estás quase a chegar. Ai que friozinho na barriga. Quer dizer, nem sei se me queixo do frio ou do calor. Estou assim desde que saí de casa esta manhã e vim a lamentar-me no caminho até ao trabalho. Tu ris-te de mim. Não entendo! São coisas de mulher, afinal também os 40 me estão a bater à porta e eu estou francamente desejosa de os deixar entrar.

Já, já estou nos teus braços, na tua tão imensa Paz. Mas também sei que te vais continuar a perder de amores por mim e eu por ti. Seguramente. Perder por perder, temos sempre os nossos próprios sorrisos e a leveza deste nosso Amor que nasceu e se cimentou apesar da distância, da diferença de idades (que não é nada) e de um outro "e se..." que aqui e ali foi surgindo. 

É isto mesmo. Temos mais é que nos perder por aí, entre sorrisos, olhares tímidos mas intensos, como quem se quer muito e bem, como quem se deseja para além do prazer. Estou convicta que temos muito chão e muito oxigénio para partilhar, muitas alegrias e outros tantos "Gins".

Prazer. Tem sido um prazer enorme partilhar esta nossa Vida que agora se inicia, na certeza porém de será com tudo a que temos direito. E merecemos o melhor, tanto quanto nos merecemos um ao outro, acredita em mim, não faremos nada por menos.


«(...) Gosto de quem me dá paz e me tranquiliza.
Gosto de quem me faz sonhar e acreditar.(...)»
-- Gosto de Ti, e então?, Rita Leston.





28 de abril de 2015

Prometes que farás o pino?

Praia Formosa. 2015.

«Enrola-te em mim. Entrelaça o teu corpo no meu. Cai nos meus braços. Esquece o risco e aproveita a queda. Traz o abraço que eu levo o corpo. Traz o beijo que eu levo os lábios. Traz a urgência que eu devolvo a calma. Traz-te. Eu já cá estou.» -- Rita Leston.

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Visto que não és o Gato Maltês, promete-me que farás o pino. Mas vem. Rápido. Ontem e antes de ontem foi tarde e longe de mais. Aliás, estamos longe. Isto assim não "presta", isto assim não tem piada nenhuma. Perdi a vontade de brincar assim, no cá e lá.

Já te disse que não quero sequer ouvir falar de aeroportos? Quer dizer... Ainda tenho umas quantas "voltas" a dar mas já, já tudo mudará.

O teu lugar sou eu; Já eu sou aquela que te faz rir das coisas mais tontas que possamos ambos imaginar. Mas eu digo-as e tu ris. Ris de mim, do que eu digo. Prometo não fazer de conta, prometo não te imitar. Mas também prometo que continuarei a ser a (tua) "continental". Tu sabes que sim. Eu quero e tu gostas assim.

Está tudo certo e esse mesmo tudo é o TANTO que faz parte. É a Célia que diz (e sempre disse) e eu acredito. Oh, Oh se acredito.

Estamos todos à tua espera. Tenho 3 qualidades de Gin na despensa e água tónica no frigorífico. A Célia e o Carlos guardaram-te vinho alentejano. Já eu tenho para mim que sairemos de lá a rebolar. Literalmente. Ainda assim, rebolaremos felizes e contentes, de coração e braços cheios de afectos.

Lá estarei à tua espera, no tal sítio que passei a gostar muito pouco... Lá estarei porque é assim, como tem que ser. Por agora, pelo menos... Até ver o que a vida nos trará (sim, vai trazer-nos o que jamais nos deu, eu sei que sim).

Voltando um pouco atrás, juro não quero insistir na questão do pino. E realmente, pensando melhor, venho antes prometer-te que, se me abraçares suavemente, não terás que fazer esse tal pino. Porém, terás forçosamente que sorrir até mim. Só assim te "vejo", só assim sou tua. Só assim me perco e encontro.






24 de abril de 2015

Abaixo do tapete.

Praia do Garajau, 2 de Abril de 2015.


E eis-me aqui, 12 dias depois do último abraço, dos últimos beijos (leves e tristes), de um sorriso disfarçado, dos adeus que dissemos enquanto eu subia (a muito custo) a escada rolante. 12 dias depois.

Tudo me parece vago, tudo está baço. Quero o calor do teu abraço, o teu olhar doce e a calmaria que trazes contigo e que, de certa forma, me matou os fantasmas e me deixa mais leve, mais solta. É isso mesmo. Preciso de ti. Preciso da tua leveza e desse jeito único e terno de ser.

Preciso da tua determinação, da tua coragem. Quero para mim a tua verdade e as tuas certezas. Preciso do teu sorriso mas também não passo sem a tua voz, nem tão pouco sem te ver falar e gesticular o lábio superior de uma forma tão peculiar, tão tu. Tão minha, porque já és meu. E eu sou tua. Tu sabes...

Preciso de ti. Mais hoje do que já precisava ontem.

Toca-me onde me dói e verás
uma flor a abrir-se lentamente
sobre a pele, a maravilha nunca
adivinhada de um mistério. Esta

é a tua vez de o desvendares -
paixão é uma palavra demasiado
antiga no meu corpo, já não sei a
última vez, a única vez. Toca-me

por isso devagar, não me lembro
da primavera que fez nascer a
doença sobre a ferida, não sinto
o recorte da cicatriz que o tempo

pousou nela. Agora chama-me ao
teu peito com as mãos, tal como a
chuva chama pelos narcisos sem

cessar, ano após ano; diz o meu
nome com os dedos a serem rios
que latejam no coração adormecido

de uma aldeia. Não me adivinhes -
lá, onde me doer, vou recordar-me. -- Maria do Rosário Pedreira.




23 de abril de 2015

Creio que foi o sorriso, talvez o teu jeito. Mas não sei ao certo.


Andei a pensar nisto durante a manhã mas não tive oportunidade de vir Aqui escrever. Agora, e já depois de um almoço diferente, em jeito de Sexta-Feira antecipada, comecei por procurar o significado da palavra cativar e, em sentido figurado, penso ter encontrado a resposta mais adequada:


v.pron. Figurado. Ficar apaixonado por; enamorar-se.
(Etm. do latim: captivare)

Devo dizer que, de certa forma, este foi o significado que mais preencheu a vontade de (te) vir falar de Amor. Não de um amor qualquer, não. Nada disso. Venho falar de A-M-O-R ; Do teu Amor por mim, do meu Amor por ti. Este nosso Amor maravilhoso que nem o Atlântico consegue acalmar, ainda que a distância - essa espécie de vírus - insista em intrometer-se entre nós. Mas nós somos grandes e fortes. Quer dizer, temos dias. E também temos noites e ainda camas vazias.

Em tempos idos, falaste-me em criar espaços. Lembrei-me agora do quanto essa expressão entoou (e tem feito eco) na minha cabeça, de como me tocou na alma e, naturalmente, no coração. Sim, contigo descobri que tinha um coração preparado para amar, para TE amar, como um Homem e uma Mulher se podem e devem amar... Eis-nos chegados aqui, agora, ao momento presente.

Ainda há pouco falava eu de nós. Recordava o último do ano, o primeiro telefonema 1 mês e meio depois (celebrava-se então o 4.º aniversário do meu outro grande Amor, aquele que te vê como quem tem um foguetão, aquele que contigo vai partilhar brinquedos e que quer que durmas em casa dele; sim, tu já sabes de quem falo), recordo o primeiro encontro, já em Lisboa, o nervoso mais do que miudinho, o calor, a vontade de nos abraçarmos, o carinho que já sabíamos nutrir um pelo outro e até me recordo dos dois beijos que demos ao de leve na face um do outro.

Fizeste-me feliz logo ali, no meio de tanta gente mas, ao mesmo tempo, não havia mais ninguém, estávamos sozinhos. Ainda hoje, desculpa insistir nisto, não me dou longe de ti, mesmo que até estejamos na mesma cidade e que eu saiba que já, já me vens buscar para jantar ou que, passando dez minutos da meia noite, tu vais tocar à campainha ou meter a chave à porta. Não, meu Amor. Desculpa, vou repetir-me, mas não me dou longe de ti.

Cativaste-me. Aqui estou eu, encantada contigo e fascinada pelo tanto que (já) somos e temos. E, por mais voltas que dê, continuo na dúvida sobre o que me aconteceu naquela noite. Terá sido o teu sorriso? Foi a tua voz? O teu jeito tímido? O brilho do teu olhar de menino, esse mesmo olhar que me lê a alma? Terá sido tudo isto? Pois, não sei.

Mas está tudo certo. E, como diz a Célia, tudo faz parte.




21 de abril de 2015

Só pode ser coisa tua, meu Amor!


Tu não te cansas de dizer que isto é coisa dos poetas e de todos aqueles que, de uma forma ou de outra, verbalizam e dão forma ao Amor.

Estamos numa bolha. O filme passa no écran da TV da sala e somos nós, somente nós, que ali estamos. E é bom vermo-nos! Melhor é sabermo-nos próximos e "emparelhados", numa só vibração, numa onda de calor que só os afectos trazem, aquela que só os Amantes conhecem. Os mesmos afectos que nos dão alento e que coloram a nossa Alma, como se de um arco íris se tratasse. Simples e romântico, não é?

Seja já lá coisa de poetas ou não [como sabes, o romântico (desde pequenino) és tu, eu sou a mera aprendiz], na verdade, pouco importa. Sabemos ambos o que é nada ter, nada sentir. Por isso (também, mas não só), te escrevo.

Não sou escritora mas posso fazer de conta. E já lá vão 7 anos a servir-me desta Paragem para isso mesmo, para fazer de conta que sou o que não sou ou que nunca pensei ser. No entanto, hoje e em todos os dias que correm tão mas tão lentamente para quem se ama à distância de um Oceano (credo, pareço o Saramago com suas frases longas e sem pontuação!), vim aqui fazer de conta que sou escritora, a tua escritora (preferida!).

O objectivo é simples. Quero apenas fazer-te acreditar que, por agora, pelo tempo que durar, esta paixão por ti é de arrasar e que o amor que te tenho, também ele será imortal. Se sou exagerada? Sou. Também isto faz parte do Plano. O Plano de amar-te com toda a intensidade e emoção do primeiro dia que, no nosso caso em particular, foi à noite, lá bem "no alto" da Cidade do Funchal, onde o Céu da tua Ilha tinha os 7 sentidos mais do que apurados e que me soube "ler e ouvir". E depois vieste tu, doce e sereno, dizer-me que foram os astros que se alinharam "todinhos" para que tal encontro tivesse lugar. Juro, eu só posso ser eternamente grata por te ter!

Se isto não é coisa de poeta, escritor... Só pode ser coisa tua, meu Amor! Sim, estás apaixonado e os apaixonados pouco ou nada sabem sobre o que dizem. É deixá-los sentir!

PS: Merecemo-nos.





16 de abril de 2015

Não me dou longe de ti.

Fortaleza S. João Baptista do Pico, Funchal.

Venha a chuva, caiam raios, desça a trovoada de Sta. Bárbara, que o Sol se abra e a Primavera se revele, jogue o Benfica, hajam risadas, cafés e cigarros na rua, SMS e telefonemas de quem não ouço e vejo há imenso tempo, surjam abraços daqueles que são os "Meus", a Família que escolhi, faça frio ou calor, haja trânsito ou nem por isso, tenha eu a sopa para fazer ao Domingo e 1001 coisas para pensar, organizar e arrumar, a roupa na máquina para lavar, os almoços da semana para se irem fazendo, a manicure, o cabeleireiro, o Pilates das Quartas e das Sextas, caia granizo a meio da semana, o cartão de crédito a pagar, o gasóleo para pôr, as idas aos CTT ao almoço, em jeito de ganhar tempo, caia o Carmo e a Trindade se eu conseguir estar assim, sem te ter. Sem te ver, sem te tocar. Sem te sentir.

Não, não e não. Não me dou longe de ti.

(E nem quero.)

 
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«E tens-me na tua mão. Tens o meu coração na tua mão! Sabes que te pertence a ti e ninguém mais. Tens-me na tua mão. Nem precisas de a fechar, sabes que não fujo e não tenciono ir a lugar algum. O meu coração ontem era teu. Amanhã continuará a ser.» -- Rita Leston.