29 de maio de 2009

A Senhora Dos Sapatos Vermelhos.


Rita RedShoes, S. Jorge, Lisboa. 28 de Maio de 2009


No passado dia 20 de Maio, e pelas pelas mãos de Miss C, chegaram até mim o CD, o DVD e o Convite Maravilha. Fiquei simplesmente deliciada. Afinal, a Senhora dos Sapatos Vermelhos encanta-me, vai-se lá saber porquê.

Saí de casa pelas 21:00, apanhei o 46 e fui a ler o Henry Miller até ao Marquês do Pombal. Uma cabeça Ruiva já me aguardava no bar do S. Jorge. Mas, como o hábito faz o monge, cheguei mesmo just in time para dizer umas "larachas", rir um bocado, procurar os nossos lugares, ainda que separados, e aguardar pelo tom avermelhado.

A Senhora dos RedShoes fez-nos esperar 25 minutos e, cá para mim, infelizmente, já adquiriu tiques de vedeta. Que lamentável. Ainda assim, foi uma noite bastante agradável mas, confesso, não superou as minhas expectativas. Gostei, não nego, mas faltou ali qualquer coisa. Carisma, talvez.

A sala do S. Jorge estava "à pinha", o ar condicionado partira para parte incerta, as cadeiras estofadas a camurça (pareceu-me), quentes como um raio, fizeram-me transpirar até das entranhas. Abanei os pézinhos, estupidamente escondidos dentro de uns AllStar, cantei, soletrei e divaguei por Aí, perdida entre tantos sonhos, pensamentos e desejos.

Horas antes, o Jornaleiro de serviço aqui da Aldeia, fizera o prognóstico daquilo a que viria a ser o primeiro concerto da Senhora Dos Sapatos Vermelhos lá no S. Jorge. A Rita que, diga-se "en passant", é gira que se farta e tem boa voz, ai isso tem! Porém, revejo-me nas palavras do Jornaleiro, e acabei por conhecer/ver uma Ritinha pequenina, que tanto se fartou de sonhar no seu quarto de menina.

A noite terminou tranquilamente na esplanada do velho cinema, na vã esperança de apanhar ar mas, no entanto, a brisa não passou por ali.

Ainda assim, fiz questão de parar Aqui, nesta Minha Paragem, para partilhar mais uma noite cultural.

P.S. - Bem arrependida estou de não ter entrado pela porta do aeroporto que dizia Outsized luggage e por não ter seguido viagem para a Ilha da Madeira, na passada segunda-feira... Acompanhada dos C's mais doces e lindos da minha Vida!




26 de maio de 2009

Existem Planetas Sem Fim...

Miss C. - The Sweetest Thing In My Life - wrote to me yesterday...

«Sabes Plim...

É facil para os outros julgarem as pessoas sem sequer tentarem VER-NOS como deve ser (desculpa o mau português). Mas entendes, espero...

É realmente mais simples apontar o dedo e os defeitos, sem olhar para dentro. Quem é perfeito? Quem é que realmente sabe tudo? Ou nada? Ou se esforça por saber o que está a dizer?

Os sentimentos mais simples, os pequenos gestos, apontamentos, momentos, podem dizer tanto... Mas ninguém os LÊ!

Por isso é que as pessoas depois dizem coisas que não pensam, que não sabem... Esses... têm ainda tanto para saber... Já que mais não seja estar COM os outros...

Isso... É um privilégio de alguns... Os que são e estão sem mas, nem porquês... Por isso, não valem o desgaste das pessoas!

Lembra-te disso!TU és muito mais que o resto!

O resto... É só isso... Resto de qualquer coisa que não vale a pena!»


E... Depois disto... Palavras para quê? Obrigada Miss C. por essa Imensa Sabedoria, fruto de quem já vivenciou muito. Estou Aqui, Nesta Nossa Paragem...

Coisas Pequenas

Madredeus

(Composição: Pedro Ayres Magalhães)

Coisas pequenas são
coisas pequenas
são tudo o que eu te quero dar
e estas palavras são
coisas pequenas
que dizem que eu te quero amar.

Amar, amar, amar
só vale a pena
se tu quiseres confirmar
que um grande amor não é
coisa pequena
que nada é maior que amar.

E a hora
que te espreita
é só tua.
Decerto, nao será
só a que resta;
a hora
que esperei a vida toda,
é esta.

E a hora
que te espreita
é derradeira.
Decerto já bateu
à tua porta.
A hora
que esperaste a vida inteira,
é agora.


24 de maio de 2009

The Signs We See Are In Our Mind.


Foto de C. M. Costa da Caparica, 20 de Maio de Maio.


The Signs We See Are In Our Mind
... Não vale a pena duvidar.

Pensado, mastigado e executado. Ontem foi dia de arrumações. Na cabeça e até nas salas.

Quando a A. chegou ontem à tarde já eu estava de roda do pano do pó e do óleo de cedro. A mesa da sala estava sem as toalhas, sem as bases prateadas, os pratos quadrados já estavam dentro da máquina de lavar louça, não existiam velas e até as chávenas pretas, onde tantas vezes te servi chá, estavam devidamente guardadas.

Sabe-me tão bem sentir o ar fluir nas minhas salas. O comando da tv, as almofadas e os sofás já não te esperam. Já não fazes parte deste cenário. Bom... Mas será que algumas vez quiseste fazer parte dele? Não, pois não? Por isso mesmo, o ar flui naturalmente. Respiro tranquilamente naquele que é o meu Mundo. E esta certeza chegou-me através de sonhos. Porque acredito que, sempre que sonhamos, limpamos a nossa mente do lixo que carregamos. Logo, se sonhei, fundamento conscientemente esta minha "crença".

Pessoas Simples que Gostam De Mim.
Esta tarde recebi uma mensagem da B., a minha Florista em Benfica. Uma mensagem tão singela vinda de quem me admira e estima. De alguém que estava preocupada por eu não dar notícias. Palavras tão puras e honestas de quem nada pode ganhar comigo, para além da minha Alegria semanal, quando lá apareço ao Sábado, para lhe comprar flores. Fiquei imensamente grata por tal gesto. É tão gratificante sentir e saber que há quem goste de mim naturalmente, tal como sou, e que não espera nada em troca. A não ser que eu apareça e/ou que dê notícias. Muito obrigada B. Como lhe disse, não fui comprar flores porque recebi imensas no meu aniversário! Só isso. Voltarei aí, só para a ver. Só para dizermos parvoices e "larachas" que, por vezes, só nós entendemos! Temos pena. Somos assim, doidinhas de todo.

A P.L. vai casar no próximo Sábado.
Depois das arrumações da Alma, do banho e da manicure no Lumiar, fui à bola ontem para ver o meu Glorioso ganhar ao Belenenses por 3-1. E lá estamos no 3.º lugar do Campeonato. OK, vou ter saudades do Flores, esse grande pedaço de mau caminho! Entretanto, a noite foi muito agradável também, com direito a jantar com nove mulheres lindas e a um pézinho de dança no BBC. Lá se "lavaram as vistas", pronto. Oh que vistas! Elas e Eles estavam do Melhor.

Home, Sweet Home... On Sundays!
Acordei tarde, fiz um pequeno almoço digno de uma Deusa, tal como mereço, usei e abusei do meu sofá (respira-se nesta sala, que bom!), perfumei a casa com o incenso da Miss C., tomei um grande banho e jantei bem, acompanhada por um belo copo de vinho tinto alentejano. Faz parte, tudo faz parte. Falei ao telefone, ouvi calmamente a Queen Gy e a Comadre C.S. e ainda recebi mimos e atenções de alguém que está atenta a mim, sem esperar nada em troca. Afinal, assim é que deve ser.

Para terminar em bem, parei nesta Minha Paragem.
Não duvidem... The Signs We See Are In Our Mind.


Dream On Girl
Rita Redshoes

Dream on girl, dream on girl
I want to see you sleep tonight
You're up and down
You hit the ground
And time is drifting through your fears

I can't find your dreams tonight
And make your lover come back home
If you don't know, you are on your own
I'll choose the best place for your sleep

Come back to see the day
You lost your heart and all your hopes
I'll take you to see the sunrise
And try to catch your ghost, oh

Come on girl, a dream is your world
The signs you see are in your mind
The words that you speak, are here in my ear
So I can hear you falling down

Take a breath to see me
I can wait for you to
Live a live with no hopes but
If you still believe

Come back to see the day
You lost your heart and all your hopes
I'll take you to see the sunrise
And try to catch your ghost, oh...



23 de maio de 2009

Barriga Cheia De...

C.!

Parabéns à R. e ao P. Parabéns à Tia M. que agora, para além de ser uma Tia Especial, passou a ser também uma Avó Extraordinária! E, já agora, Parabéns também para o Avô Z. M., que passou a ter mais uma Menina para aturar!

Tia,
Fazes parte da Família que escolhi! Obrigada por me permitires conhecer e ter, de certa forma (à nossa maneira...), mais uma Prima Linda. E ela é a...

Baby C.!
E que sejas muito bem vinda a este Mundo. Eu sei que estavas certa quando escolheste os teus Papás. Smart Girl!

Bom, é certo que já vos deixei aqui esta musiquinha mas... Sempre que penso em nascimento, renascimento e em Bébés... Lembro-me de... Espalhar a Notícia.




Ainda gostava que...

(Estou intrigada com algo que me disseste há dias... Bolas!)

Ainda gostava que ao menos tentasses explicar-me e/ou mostrar-me quais são as coisas que não se dizem e que não se fazem às Meninas... Provavelmente serão as mesmas coisas que Tu nunca me disseste e tantas outras que não me soubeste fazer... Não?!... Bolas de novo, de modo a enfatizar esta minha questão pertinente!

Ai, ai... Não entendo essa tua falta de tudo, desde a sensibilidade (que estranhamente insistes em afirmar que tens) à dualidade de critérios com que sempre me "avaliaste". Que ser humano tão estranho. Aliás, que ser humano és TU? Um Sonho? Uma Ilusão? Será que existes mesmo?...

Aqui Estou Eu... Esquecida, Em Cada Dia Que Passa. Nunca Mais Revi a Graça Dos Teus Olhos Que Eu Amei. Má Sorte? Foi Amor Que Não Retive E Se Calhar Distraí-me... Qualquer Coisa Que Encontrei.

Caramba! Mas onde é que será que eu já senti isto? Boa, Chaminha (esta sou eu a falar para mim mesma!). Mea Culpa, Mea Culpa. Tiro certeiro... Again. Match Point!

Alfama
Madredeus

Composição: Pedro Ayres Magalhães / Rodrigo Leão

Agora,
que lembro,
As horas ao longo do tempo;

Desejo,
voltar,
voltar a ti,
desejo te encontrar;

Esquecida,
em cada dia que passa,
nunca mais revi a graça
dos teus olhos
que amei.

Má sorte, foi amor que não retive,
e se calhar distraí-me...
- Qualquer coisa que encontrei.




21 de maio de 2009

E Foi Assim...





Fotos de Paula Santos e de Carlos Monteiro. Costa da Caparica, 20 de Maio de 2009.


E foi assim... O dia 20 de Maio de 2009.


Entre Amigos, Palavras Soltas, Gargalhadas e Lágrimas, Sol e Mar, Vinho e Muita Comida...

Entrámos definitivamente nos 34. Já cá estamos, como muito orgulho, plenos e cheios de Nós... Para Dar e, acima de tudo, para Receber... Também. Faz parte, tudo faz parte!


Qual é?...

O dia mais belo?
Hoje...

A coisa mais fácil?
Equivocar-se...

O maior obstáculo?
Medo...

O maior erro?
Abandonar-se...

A raiz de todos os males?
Egoísmo...

A pior derrota?
Desalento...

Os maiores professores?
As crianças...

O maior mistério?
A morte...

O pior defeito?
O mau humor...

A pessoa mais perigosa?
A mentirosa...

O pior sentimento ?
O rancor...

O presente mais belo?
O perdão...

O caminho mais rápido?
O correcto...

A sensação mais grata?
A paz interior...

A expressão mais eficaz?
O sorriso...

O melhor remédio?
O optimismo...

A maior satisfação?
O dever cumprido...

As coisas mais belas?
A amizade e o amor...



A atitude mais simples?

Oferecer esta mensagem aos Amigos...

(Desconheço o autor mas pronto. Gostamos e "mai nada".)


E já está!




17 de maio de 2009

Oh Mercy, Mercy...

Antony & The Johnsons. Coliseu Dos Recreios, Lisbon, 14th May 2009.
Foto de Paula Santos.

A minha semana aconteceu de forma rápida, pelo que mal consegui respirar... Mal consegui estar metida comigo mesma, sem pressas... Emoções, emoções e tantas outras emoções. Ainda estou a "mastigar" histórias e "estórias" de há cinco anos atrás. E, acreditem... Tanta coisa aconteceu! Agora, só o meu livro poderá revelar tudo ou, dito de outra forma, quase tudo. Até porque, Há Gente Que Fica Para Sempre Na História Da Gente...


Foi Dia de Concerto no Coliseu, na passada Quinta-Feira.

Senti o Antony de forma nervosamente optimista mas cerebralmente resolvida. As coisas são como são. Não há nada a fazer quanto à razão pela qual nos identificamos com esta ou aquela coisa, com esta ou aquela pessoa, com este ou aquele cheiro, com este ou com aquele artista (seja cantor, pintor...), com este ou com aquele livro... Gosta-se e pronto.


É muito difícil entender, por exemplo, o quanto um filme ou uma música nos vem tocar directamente nas entranhas, na pele e até mesmo nos nervos. Não se consegue explicar, não se consegue compreender. Sente-se, é certo e sabido, mas não se compreende. E, por vezes, as tentativas de qualquer descrição podem até tornar-se um pouco embaraçosas.

Talvez por isso, não me sinta nada, nada tentada a descrever aquela noite. Aquele Momento. Tão Meu. I simply enjoyed... Nothing else to declare.

Deixo-vos com One Dove e, quem sabe, poderão (em vão) tentar ver para além de Mim... E digo "Adeus Aos Senhores" porque, quando quero e bem me apetece, sou educada!

One Dove
Antony And The Johnsons

One dove
You're the one I've been waiting for
Through the darkfall
The nightmares the lonely nights
I was born
A curling fox in a hole
Hiding from danger
Scared to be alone

One dove
To bring me some peace
In starlight you came from the other side
To offer me mercy
Mercy, mercy

One dove
I'm the one you've been waiting for
From your skin I am born again
I wasn't born yesterday
You were old and hurt
I was longing to be free
I see things you were too tired
You were too scared to see

One dove
To bring me some peace
In starlight you came from the other side
To offer me mercy
Mercy, mercy

Eyes open
Shatter eyes





12 de maio de 2009

Estado: LT.


Foto de Paula Santos. Viena de Austria, 8 de Agosto de 2006.
(Experimentem clicar na foto para verem melhor! Foi a Célia que me ensinou LOL!)


Estado: LT. LT traduz um momento de Loucura Temporária.

Tenho fome.
Apetece-me comer um bolo grande, enorme, gigante, cheio de creme, daqueles que se escolhe exactamente por ser o maior lá da montra da pastelaria.

Tenho sede.
Já me cansei de beber água hoje mas apetece-me álcool. Não álcool puro mas cerveja, vinho ou até licor Frangélico, só por exemplo, e assim como quem não quer a coisa e tal. Mas para beber à séria, não para beber à menina, tipo "ah e tal, vamos lá beber só para acompanhar a papa...". Não, é mesmo beber para beber, para ficar bem. E, no dia seguinte, cura-se a ressaca com o Gurosan que o Pápa nos comprou em tempos. Toma, embrulha.

Estou que nem posso.
Não meto os pés no ginásio há quase dois meses logo, ando que não me aguento. Tem-me valido ir à Feira do Livro, ao cinema, comer gelados, fumar cigarros, beber uns copos por aí, ir à Gabriela, ora pintar ora cortar o cabelo, almoçar e jantar com a Célia e com o Carlos e ainda ir a umas provas de vinho na ViniPortugal, todos armados em entendidos! E claro, tenho ido às compras, compras de roupa, claro. Mas... Estou entalada. Não sei o que é que devo/quero estrear pr'a semana, já que...

Dizem que faço 34 anos.
Isto não é normal. Quer dizer, não me parece normal quando penso no assunto, o que acontece raramente (mas penso, bolas!). Mas é bom, sinto-me bem nestas minhas 34 Andanças. A minha Vida tem sido um desafio constante. Por vezes, adrenalina pura e, outras tantas vezes, fico-me pelo modo pause. Vá lá... Digam-me onde é que escondem o comando. Bom, o Universo sabe sempre o que faz. Assim como os meus Pais souberam fazer.

Aliás, nota-se.
Sou Gira. Sinto-me Gira. Sou Cada Vez Mais Eu. Bonita de Dentro para Fora. E isso está aqui mesmo... Nos meus olhos.
(Escusado dizer que o esófago, o estômago, os intestinos e até o sacro são bonitos... Também!)

Vou ver o Antony & The Johnsons na próxima quinta-feira.
Vou porque gosto. Vou porque me apetece. Vou porque tinha dinheiro e comprei bilhetes. Vou porque gosto mesmo daquele gajo estranho, esquisito que sempre que o ouço me leva ao riso ou até às lágrimas. Vou porque o tipo me eleva e me faz sentir em estado LT. Coisa que para ele não é algo de temporário. É um estado permanente. O gajo é depressivo mas, ao mesmo tempo, parece-me bem resolvido. Não deve haver ali nenhum problema de identidade. OK, meio louco, meio insano mas olhem, é ele e mai nada.

Vou dizer Adeus Aos Senhores.
Adeus Senhores Leitores. Não me apetece escrever mais. Não me apetece estar aqui mas também não me apetece estar nem ir para outro lugar qualquer. Gajas. Cenas de Gajas em Estado LT.

PUFT! Fui. Bazei.
Bazei. Fui. PUFT!
Fui. Fui. Fui.
Bazei. Bazei. Bazei.
PUFT. PUFT.PUFT.





10 de maio de 2009

Nesta Paragem Existem Febres Para Todos Os Gostos.




Fotos de Carlos Monteiro. Terreiro do Paço, 9 de Maio de 2009.

Depois de uma semana alucinada, entre trabalho para três, dores nas costas e noites mal dormidas, tivemos um sábado fantástico. Entretanto, e para relaxar, quisemos ficar em casa todo o Santo Domingo! Porém, e como nem tudo é belo e amarelo (algumas pessoas que conhecemos são... amarelas e belas!), tentar acompanhar as notícias deste País e do Mundo é algo de doentio. Não se aguenta a TV portuguesa, valeu-nos a RTP2 que transmitiu a meia-final e a final do Estoril Open 2009 que, com muita pena nossa, não pudemos assistir ao vivo e a cores, como vem sendo hábito nos últimos três anos. OK, vamos à Alemanha em Junho e não podemos querer tudo... Quer dizer, querer podemos mas nem sempre é possível. E assim sendo, mais vale ir pedindo e ir gozando a pouco e pouco! E vá lá... Valeu-nos a Fox e o DVD genial da Isabella Taviani que veio direitinho do Brasil para Nós e, acima de tudo, para o Nosso Coração "meloso"... E ao qual assistimos em modo repeat... Caramba! Somos assim: quando gostamos, GOSTAMOS À SÉRIA!

Avancemos Camaradas, avancemos. Acabámos por confirmar que o nosso Glorioso, para além de estar decadente, está gasto, cansado, que é o mesmo que dizer que está a dar as últimas. Depois, percebemos que desde violências, gripes de todas as espécies animalescas, o Socas a pedir maioria absoluta, o Papa que visitou a maior Mesquita do Mundo mas que não se descalçou, que existem vírus nos hospitais, a embarcação que desapareceu nos Açores, os Senhores do Fraque que não têm roupa de etiqueta mas que se vestem de forma clássica, a moda do botox e bla bla bla... Uffaaaaa! Não se aguenta.

O melhor mesmo é desligarmos a TV, jantar bem e beber uns quantos copos de vinto tinto do Crato, que acabará por nos levar até às Estrelas e dormir que nem Bébés! Cansadas de tanta coisa má que por aí acontece, resolvemos vir até Aqui, para vos dizer que, de facto, existem Febres para Todos os Gostos. Elas são Febres de Amizade, Febres por Vinho e até Febres por Compras, vulgo, Febre por Carteiras. Não entenderam nada mas também... Não faz mal.

"Allô, allô Marcianos", está confirmadissimo. Nesta Paragem existem Febres para todos os gostos. Não somos médicas mas podemos afiançar que a receita para a cura é simples. E, vá lá, como às vezes também gostamos de ser "Meninas Boazinhas, Bonitinhas e Queridinhas", partilhamos de bom grado a receita maravilha:

Ingredientes

- Uma grande dose de Amizade
- Outra tanta dose de loucura
- Cinco cafés e quatro pastéis de nata
- Chuva e chapéus de chuva
- Compras no Terreiro do Paço
- Muita gargalhada sonora, como se quer
- Vinhos do Ribatejo, de Setúbal e do Douro.

Modo de Preparação

- Mexam bem, mas devagarinho, pois as cabeças nem sempre estão no lugar
- Envolvam tudo lentamente, com açucar ou sal a gosto
- Reguem abundantemente com a Doçura da Célia, a Alegria Contangiante da Isa e a Nossa Loucura Peculiar
- Voltem a mexer e envolvam de novo, tranquilamente e sem pressas.

O Resultado é sempre FANTÁSTICO. Queremos e Vamos Repetir. Porque SIM, porque QUEREMOS MUITO, porque MANDAMOS e GOSTAMOS DE SEGUIR OS NOSSOS CORAÇÕES.

E Lá estaremos JUNTOS para a Semana. Mas atenção Viajantes e Outros Tantos Marcianos... Já vos dissemos ontem e queremos repetir: NÃO ALMOCEM NO PRÓXIMO SÁBADO. O jantar avizinha-se Farto e Intimista, Como Sempre e Como Dantes. Falamos de barriga cheia, dado o know how adquirido ao longo de anos. Lá, Nós Todos sabemos Onde, bebe-se bem, come-se ainda melhor e respira-se Amizade Pura e Dura. Pois é, lamentamos que nem todos saibam o que isso é... "Azarito". Nós sabemos e sentimos!

No entretanto, vamo-nos vendo, beijando e abrançando lá pela Selva semanal. Estamos combinadas?!...

Nota da Direcção:
Sabemos tão bem que escrever com Caps Lock equivale a gritar mas olhem... Temos pena. Estamos mesmo a Gritar. A Gritar de Felicidade!

Elis Regina, Allô, Allô Marciano


7 de maio de 2009

Kiss My Name.

Foto de Paula Santos. Costa da Caparica, Agosto de 2008.

Tivemos um dia de merda. A Vida é Linda mas também pode ser uma "filha duma putice" pegada. Tivemos de tudo hoje. Até o cigarro, fumado com o maior dos prazeres do mundo, à ida para o cabeleireiro, resolveu voar para... O nosso pescoço. Queimámo-nos mas ainda houve tempo para chegar a uma bomba de gasolina para encontrarmos o sacana do cigarro, que já nos queimava o assento. Bolas!

Ainda assim, já temos a cadeira hiper, mega confortável que nos fará continuar à espera de alguém que escreva o nosso nome! Quer dizer, convenhamos... Que existe quem o queira fazer... É bem verdade. Resta-nos saber se nos apetece. Olhem, Cenas de Gajas.

Nessa mesma cadeira, vamos aguardar também pelo dia em que teremos a coragem para conceber um outro blog de sonho, cheinho de escárnio e de mal dizer. Sim, porque também somos assim! Cheinhas de coisas mordazes, pirosas, fúteis, picantes e com ideias maléficas por partilhar! Olhem, temos pena, OK?

Bom, mas enquanto esse blog maravilha não chega, apeteceu-nos parar Aqui hoje, para dizer umas quantas barbaridades alucinadas, saídas da cabeça de quem não dorme em condições há meses, sofre daquela doença temporária (é só uma vez por mês, não se pega mas deixa-nos assim... acesas) e que se está, com licença, no "caganits" para o que vier depois. E não, desta vez não temos pena de nada. Se vieram até Aqui para nos lerem, aguentem-se!

O nosso Glorioso está em decadência. Valha-nos esta Chama Imensa que se mantém cá dentro, vai-se lá entender o porquê. Pois, mas também é certo que nos estamos nas tintas para isto.

O tempo está que não se entende. Um calor que quase nos parece querer queimar por dentro, por fora, em todo o lado. É vê-las todas "descascadas", a pedirem por favor para serem comidas à força toda, e que se fazem acompanhar pelas suas fabulosas garrafas de cor azul, amarela ou alaranjada. Dizem que os líquidos que transportam são diuréticos. Fod**-** mais as dietas, junto com as gajas magras, que mais parecem folhas de alface. Sem sabor, entendam-nos. Se não as temperarem... Oh valha-nos Deus, o Senhor Lá de Cima.

O trabalho, esse gajo tramado que nos faz levantar da cama "azamboadas" e mal dispostas, continua a ser a "lotes e a potes". Os servidores "espipam-se", não se encontram UPS, atendem-se gajos e gajas chatos como a "putaça", os telefones não param, pedem-nos tudo e até um Diabo a 4... Aghghg, que raiva! OK, valha-nos a Célia lá na Selva, os almoços com Sol à sobremesa, os Abraços e os Mimos Sinceros e a Macaca Isabel que nos leva os pensos higiénicos à WC, enquanto esperamos de "rabo alçado"!

O nosso carro preto fantástico está imundo. Acreditam que não nos lembramos de quando foi a última vez que o gajo levou água e sabão? Cheira a tabaco que tresanda, vemos cinza espalhada por todo e até "bezins" do tabaco da outra, que só reclamava que fumávamos para cima dela e "bla bla bla". Fod*-** para as gajas armadas em esquisitas tal como... Nós somos. Também.

Para ajudar, a mulher a dias pediu-nos em tempos para passar a vir aos Sábados à tarde. Boa. Como somos meninas de bem, anuímos, claro está. Estamos fod****. Toca a acordar cedo e esperar pela moça, que nos vai entrar pela casa logo às duas da tarde. Que lindo. Vale-nos o Verão que se avizinha e as idas para o nosso camping às Sextas-Feiras.

Entretanto, e porque não nos apetece escrever mais "puto", lembrámo-nos de outro gajo estranho. O Antony Hegarty, que daqui a uma semana nos vai conhecer no Coliseu. Se o gajo não for simpático e se o dinheiro dos bilhetes não valer a pena termos perdido tempo em filas de espera na Fnac há já não sei quantos meses... Juramos que lhe mandamos com os ténis à tola. É garantido.

E, sendo assim, mal fod**** e mal humoradas, queremos que tentem ouvir o seu Kiss My Name. Quem sabe não há por aí algum maluco escondido que nos compreenda!

KISS MY NAME
Antony And The Johnsons




Kiss my name
Mama in the afterglow
When the grass is green with grow
And my tears have turned to snow
I am only a child
Born upon a grave
Dancing through the stations
Calling out my name
Kiss my name

Oh kiss my name
I am trying to be sane
I'm trying to kiss my friends
And when broken, make amends
Kiss my name, the curtains white
The turtle doves embroider light
As I lie, murdered in ground
Rain compacting sodden sound
Of songs I sang the years before
Kiss my name
When it was my time to rain
Upon the coal that I became

Would you kiss my name?
Mama kiss my name

E por hoje, deixamo-nos de tretas e dizemos Adeus Aos Senhores.

PUFT! Fomos. Quem sabe... Para Outras Paragens.

Nota da Direcção:
Este foi um dos post que mais "pica" nos deu publicar!

Um Presente Para Ti, Célia!

Foto de Luís Guerra. Intemporal...

Querida Célia,

Aqui, Nesta Nossa Paragem, vim escrever hoje... Somente para Ti.
Porque ambas sabemos e sentimos cá dentro, dentro do Nosso Coração, que um gesto vai valer sempre mais do que mil palavras... Hoje, sim hoje, e porque me apetece muito... Escrevo-te estas palavras singelas que, a partir do momento em que as leres, passarão a ser imediatamente Tuas.
Tenho-Te na minha Vida. Tenho-Te em Mim, porque ambas sabemos que SIM. Tens-Me em Ti, porque ambas queremos assim.
Poderia ser tudo diferente. Melhor hoje, pior amanhã, ideal e extraordinário depois de amanhã mas... É assim. É um Sentir sem igual.
Quando te aconchego em Mim e me encosto em Ti, tudo fica daquela cor violeta, lilás e outras vezes sentimos até que pode ser também uma cor amarelada. Tal como os Teus Girassóis.
Não preciso de mais nada. De manhã, ao acordar, vale tudo a pena. É o saber da tua presença aí, aqui, ali e acolá. Mas é presença sentida e vivida. Partilhada e ouvida. Revelam-se segredos tantas e tantas vezes em silêncio... Só porque é bom. Só porque nos entendemos num simples abraço... Num doce sorriso.
Obrigada, Célia. Obrigada por gostares de mim assim... Incondicionalmente... Tal como sou. Raramente me senti amada assim.
Contigo aprendo todos os dias a amar a Vida, mesmo nos dias cinzentos, mesmo nos dias de chuva... Mesmo quando o Sol se esconde mas que sabemos estar algures.

Quando eu falhar, avisa-me. Quando eu te faltar, reclama e grita bem alto.
Quero-te muito bem. Tu sabes que sim.
Para Ti, somente para Ti, vim Aqui para te dizer que sem ti a minha Vida já não é igual.
Abraço dos Nossos.
PLIM...

3 de maio de 2009

Atrevida e Cheia De Vida.

Foto de Luís Guerra. Oliveira do Hospital, Outubro de 2002.

Atrevida. Tu ainda és assim. Que bom!

Ainda te sinto. Ainda te cheiro. Amo-te exactamente como sempre, como dantes.

Não te demores agora. Continuo a apreciar os teus passos largos que te traziam para casa, sempre que me vinhas desafiar para aquele café que tão bem sabes que gosto de tomar antes do jantar.

O teu Sorriso continua lindo e sincero. É certo que o vento mudou algumas das nossas direcções mas acabamos por nos encontrar... Sempre. Não conseguimos dizer adeus. Mas que raio de palavra é esta? Vamos bani-la, está decidido.

Entre Nós continua a existir este Amor Imenso, tal como o Mar. O Mar que tantas vezes apreciámos juntas enquanto fumávamos cigarros, umas vezes em silêncio, outras tantas a jogar conversa fora como que a falar do almoço que se avizinhava, das gargalhadas da noite anterior, ou então ficávamos ali, simplesmente perdidas entre os beijinhos que eu te dava no pescoço que tão bem me retribuías com aquela "aguinha"salgada e fresca nas costas...

Lembras-te Mãe, de quando caminhávamos suavemente pela praia do nosso camping até àquele pontão especial onde, mais tarde, eu e o Tiago te libertámos? Ainda te lembras do hábito parvo que temos de deitar as alças dos biquinis abaixo, para ajudar a bronzear este nosso colo e peito tão semelhante, onde saltam à vista uma infinidade de sinais, pintas e pintarolas que nunca mais acabam? Na verdade, com as minhas manias dos raios UV e da camada do ozono saturada e bla bla bla, nunca me consigo "dourar" como tu! Também é certo e sabido que a minha pele jamais será tão aveludada e perfumada como a tua, que me aninhava e embalava e me fazia ser assim, tão TUA. Aiii... Que saudades tenho de Ti, Mãe.

Ainda te lembras de como sou melosa, de como gostava de te dar a mão, de te abraçar mesmo quando reclamavas que tinhas calor ou do jantar que ainda estava por terminar e já eram quase oito da noite e o Pai gosta de jantar a essa hora (aquela seca habitual dos horários... olha, sabes, agora não é nada assim e até é ele que me diz: «-Paula, sem stress...»!).

Será que Aí ainda me ouves? Será que ainda és apaixonada pelos meus olhos grandes e pelas pestanas que tanto invejavas, já que os teus olhos são pequeninos? E ainda te lembras que eu tenho o mesmo sinal que tu, no lado esquerdo da cara, sinal esse que nos confere este "jeitinho" especial? Será que ainda te lembras do quanto me fazias Feliz nas manhãs de Natal? Vinhas à rua tomar o pequeno almoço com o Pai, despedias-te dele; Ele que nunca estava connosco, ía para a Costa trabalhar. Depois, voltavas a casa, fazias imenso barulho na cozinha, metida entre tachos e panelas, enquanto assavas a carne (carne que já não como...) e eu acordava tão imensamente feliz por saber que iria ter contigo, pé ante pé, para te abraçar e beijar o pescoço. Lembras-te, Mãe? Depois dessas manhãs, nunca mais conheci qualquer outra sensação que se assemelhe com... FELICIDADE. Esse é o único conceito de Felicidade que conheço.

Nos dias das Mães tinhamos outros almoços. Gostavamos de ir comer picanha e de beber cerveja, de passear e de comprar roupa naquelas lojas malucas, como lhes chamavas, e onde te punhas a "abanar o capecete" enquanto eu me percorria pelos mesmos corredores vezes sem conta. Tenho saudades tuas, Mãe. Tenho saudades do teu corpo, do teu cheiro, do teu abraço e, principalmente, do calor que emanava de ti. Não há ninguém como tu, Mãe.

Obrigada por todas as lições de vida. Obrigada por me teres ensinado a gostar de ouvir o Mar, de andar descalça, de nadar no mar frio, de comer pimentos assados com sardinhas, por me teres ensinado a gostar da chuva e da cor amarela. Obrigada por me teres ensinado que, mesmo que não se saiba uma história de encantar, se devem inventar outras tantas 1001 histórias se uma criança nos pedir. Obrigada por todas as histórias que me contavas quando eu era pequenina, sobre a tua vida na Madeira, quando me revelavas como eras rebelde, dentro daquela farda obrigatória no colégio de Santa Teresinha onde estudaste. Sabes, Mãe, naquela altura, eu não tinha qualquer dificuldade em comer. Eu pedia-te histórias apenas para que ficasses ali, sentada ao pé de mim... Para que eu te pudesse admirar e contemplar, tal como tu fizeste, anos mais tarde, quando eu chegava tarde do trabalho e te sentavas aqui na sala, ao meu lado, e fumavas enquanto eu comia e o Pai dormia sentado no sofá...

Sempre foste uma Mulher Linda... Daí os ciúmes do Pai, que agora tão bem compreendo. Obrigada por todos os ensinamentos e por todo o Amor que me tens. Obrigada por me permitires dar-te a mão à noite, quando tu adormecias rapidamente, sem nunca largares o comando da tv da outra mão!

Oh Mãe, desculpa... Desculpa por nunca te ter agradecido convenientemente pelas mangas que me descascavas de manhã cedo, para que eu comesse fruta depois do almoço. É curioso que nunca foste muito desses cuidados mas, nos últimos anos antes da tua partida, fizeste-o vezes e vezes sem conta...

Obrigada Mãe, por amares os meus Amigos que, ainda hoje, te recordam com alegria e preferem deixar o Pai sozinho na sala, para virem fumar cigarros na cozinha talvez, quem sabe, à espera que entres ali a qualquer instante!

Aposto que tu, Mãe, continuas a gostar de ter muitos biquinis, de preferência com bolinhas, de contar anedotas picantes, de comer pézinhos de coentrada e a orelha do cozido à portuguesa. Aposto que continuas a ser rebelde, que não gostas de chapéus na cabeça e nem de beber água na praia, que insistes em andar descalça, em fazer tudo com as mãos...

Aposto que ainda me amas loucamente, como se não houvesse amanhã. Talvez porque... Não há mesmo amanhã! Por isso viveste tanto e tão intensamente, sem medos desse tal amanhã. Saber que me amas muito torna-me feliz mas não tão forte quanto ambas gostaríamos. Não tem sido fácil, confesso-te.

A minha Vida é diferente, agora.

E, como está este Sol fabuloso, acredito que queiras ir para outras paragens. Por isso mesmo, despeço-me de ti por instantes...

Aqui, Nesta Paragem, vim escrever para ti. Para te lembrar que te amo muito, cada vez mais e mais e mais. E também para te agradecer por me teres ensinado a ser assim... Atrevida. Cheia de Vida. Solta na Vida mas... Tão Tua.

Isabella Taviani, "Atrevida"