26 de setembro de 2012

Desejos Vãos.

"Porque curiosamente, onde menos te encontro é onde tu exististe. Desprendeste-te donde estiveste e é em mim que mais me acontece tu estares. Mas nem sempre. Quantos dias se passam sem tu apareceres. E às vezes penso é bom que assim seja para eu aprender a estar só. Mas de outras vezes rompes-me pela vida dentro e eu quase sufoco da tua presença. Ouço-te dizer o meu nome e eu corro ao teu encontro e digo-te vai-te, vai-te embora. Por favor. E eu sinto-me logo tão infeliz. E digo-te não vás. Fica. Para sempre. Há em mim uma luta entre o desejo de que te esqueça e o de endoidecer contigo."
Vergílio Ferreira, in 'Cartas a Sandra'
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 Mas o Mar também chora de tristeza...
 
 

24 de setembro de 2012

A Suavidade do nada se dizer.


"Não digas nada!
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender —
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada
Deixa esquecer

Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz
Não digas nada."

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
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17 de setembro de 2012

Dos Aviões@.

As verdadeiras partidas e chegadas no Aeroporto de Lisboa. 16 de Setembro de 2012.

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E que eu morra aqui
Se um dia eu não te levo à Lua
Nem que eu roube a Lua,
Só para ti...

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14 de setembro de 2012

Uma é Loura e a outra é Morena.

Remexendo no Baú das minhas Recordações, deparo-me com a imagem fugaz de uma miúda bem comportada, educada e simples. Pois que vinhas à procura não sei bem do quê e/ou de quem e acabaste por ficar a trabalhar "alI" anos a fio, tão perto de mim.

Surges-me na pior fase da minha vida e dizes-me, com aquela determinação e coragem que tão bem te conheço: - estou aqui, passei por algo muito parecido e os meus contactos todos são estes e aqueles.

Anos mais tarde, partilhas o teu Filho, a tua Família, a tua casa e carro comigo. Aliás, partilhaste o melhor de ti: a tua Vida. E sou-te GRATA por todas as gargalhadas, a cumplicidade, os cafés, os garotos, os ganchos, os casacos, a maquilhagem, os almoços, os jantares, os abraços, o respeito e a admiração que tão bem sabemos nutrir uma pela outra.

Garanto-te: não concebo a minha vida sem ti e sem os teus, nem tão pouco sei viver sem me desafiares para o café, para o cigarro, quanto mais pensar que não poderei ficar a tomar conta do "nosso" MiniMan de Olhos Azuis.

Obrigada, Miss N.. Quero-te muito bem. Quero o MELHOR para ti, na certeza de que isto também será o meu melhor.





11 de setembro de 2012

Manas da Vida!

«É porque fazes parte do meu ♥ ... e sentes, entendes e vives as coisas como eu.»
-- By Miss C. 
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Somos Manas da Vida. Partilhamos e sentimos o Património dos Afectos como só nós. Não precisamos de muito, nem de pouco. Temos o BASTANTE. Amamo-nos e respeitamo-nos como somos, sem grandes pressas nem complicações. Queremo-nos tão bem!

Abriste a porta do meu coração quando, há precisamente um ano, sete meses e quatro dias partilhaste o teu maior Tesouro... E foi, naquele instante, que a pontinha de amor que ainda me restava seguiu para o "nosso" Baby F.

Manas da Vida. De Coração e na Alma. Afinal, é aqui que guardamos tudo quanto de melhor temos. E eu tenho-te em mim. Para Sempre.





10 de setembro de 2012

Altos Voos.

Quero V@AR  contigo, seguindo atentamente as tuas instruções, tal e qual uma boa menina que (já) sou. Afinal, os bons "discípulos" recebem o melhor dos seus "Instrutores de Voo"...

«(...) E amar só pode ser sem parar, sem descanso, sem um segundo que seja de abstracção.
Amar é com urgência, amar é com pressa, com pulsão."

Pedro Chagas Freitas, in "EU SOU DEUS"

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You're in my mind all of the time
I know that's not enough
If the sky can crack
There must be someway back
For love and only love




7 de setembro de 2012

Memórias de Um Beijo.

Ali sentados, naquele fim de tarde, envolveste-me e deste-me um abraço tão terno que me conduziu até bem perto do Céu. De seguida, naquele instante em que me beijaste daquela forma tão tua, senti-me sem fôlego... Tocaste-me na Alma. Fui tua, acredita.

O chão fugiu-me dos pés, os relógios pararam e a nossa respiração teimava em ser apenas uma. Por instantes, não soube de mim, não soube quem era eu.

Deixei de existir para te poder sentir. E, ainda hoje, garanto-te: guardo as memórias daquele primeiro beijo.
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Lembras-me uma marcha de Lisboa
Num desfile singular,
Quem disse
Que há horas e momentos p´ra se amar
Lembras-me uma enchente de maré
Com uma calma matinal
Quem foi
Quem disse
Que o mar dos olhos também sabe a sal...



6 de setembro de 2012

@Das tuas perguntas pertinentes.

Perguntas-me tu: «-Vamos em frente, vamos ser felizes juntos?»
Respondo-te eu: - Não vamos. Já somos! Mas sempre de mãos dadas e perdidos no meio de bolinhas de sabão. Tal como o Amor deve ser!
"Queres saber quem eu sou? Eu sou o que te olha e espia para te recolher e depois guardar num lugar que é só meu. Para isso serve o papel. O resto não precisas de saber. Nem convém. Só te ia distrair, podes crer. Eu sou o que mergulha as mãos na tua vida para sentir a minha a voltar." -- Pedro Paixão, in Muito, meu amor.
 

Amén!

Miss V.:

Admiro-te horrores. Pela tua força, coragem e determinação. Admiro-te pela forma digna e honesta com que amas... Com que lutas... Acima de tudo, admiro-te pela forma com que ACREDITAS.

Foi contigo, e com o amor que tens pelo teu Leão, que eu voltei a acreditar no amor. Mas um amor assim bom, puro e verdadeiro... Tu sabes... Acreditei, desejei e ambicionei-o tanto que... O Universo encarregou-se de tratar do resto.

Estou-te grata, minha Querida e Doce V.. OBRIGADA por teres iluminado a minha alma, aquecido o meu coração e por partilhares esta "coisa" tão tua, tão VOSSA. Adoro-te do fundo do coração <3>

Amén ao Sr. que está lá longe... Em Maiorca!



5 de setembro de 2012

Entendimentos e outros que tais.

O JOGO | Nuno Júdice

"Eu, sabendo que te amo,
E como as coisas de amor são difíceis,
Preparo em silêncio a mesa
do jogo, estendo as peças
sobre o tabuleiro, disponho os lugares
necessários para que tudo
comece: as cadeiras
uma em frente da outra, embora saiba
que as mãos não se podem tocar,
e que para além das dificuldades,
hesitações, recuos
ou avanços possíveis, só os olhos
transportam, talvez, uma hipótese
de entendimento. É então que chegas,
e como se um vento do norte
entrasse por uma janela aberta,
o jogo inteiro voa pelos ares,
o frio enche-te os olhos de lágrimas,
e empurras-me para dentro, onde
o fogo consome o que resta
do nosso quebra-cabeças."
 
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Apesar de tão bem saber que «(...) as coisas de amor são difíceis (...)», tenho-te em mim.

Neste "jogo" de entendimentos, fazes-me acreditar que aquele pedacinho de Céu está, afinal, aqui tão perto. E nós, capazes que estamos para dar as mãos, Lá chegaremos num ápice, percorrendo o (teu) Caminho da paz e o (meu) Caminho da alegria.
 
I need you to elevate me here
At the corner of your lips
As the orbit of your hips
Eclipse, you elevate my soul
 


4 de setembro de 2012

É para ti!

Foi para ti
que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada
e para ti foi tudo.

Do poema "Para ti", no livro "Raiz de orvalho e outros poemas" de Mia Couto.
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Miss V. escrevia-me há dias, enquanto falávamos ao telefone, perdidos entre 1001 assuntos, como sempre: «o amor é uma coisa extraordinária não é?». E não é que Tu me ensinas e me mostras isto mesmo todos os dias? Bom, em rigor, não podia ser de outra maneira. Esperei-te e mereço-te assim!
Sim, sim é para ti; Sou para ti! Enches-me os dias, alegras-me o coração e aqueces-me a alma! E repara que... Mais hoje do que ontem ;)


3 de setembro de 2012

Outra Dimensão!

Quando a gente lá chegar (Jorge Palma)

Trocaram o primeiro olhar numa manhã de Verão,
quando a cidade se agitava em plena confusão.
Ela sorriu, ele sorriu e tudo foi tão natural
que eles não perderam mais tempo e arrancaram em direcção ao Sol.
Ah! quando a gente lá chegar
a coisa vai ter outra dimensão. 

Treparam por degraus de espuma e mergulharam na luz.
Gotas de orvalho vieram brincar sobre os dois corpos nus.
O tempo parou, a guerra acabou e o mundo era um grande jardim
onde se ouvia uma estranha sinfonia sem princípio nem fim.
Ah! quando a gente lá chegar
a coisa vai ter outra dimensão. 

A pouco e pouco a terra voltou de novo a girar
e o tic-tac do relógio não tardou a soar.
Ela sorriu, ele sorriu e tudo foi tão natural
que eles nem disseram adeus quando a noite chegou para os separar.

--> Bébé, até ao fim do Mundo :)