2 de outubro de 2012

Love, a second hand emotion.

«Foi para ti
que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada
e para ti foi tudo

Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram
no minuto em que falhei
o sabor do sempre

Para ti dei voz
às minhas mãos
abri os gomos do tempo
assaltei o mundo
e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano
de tudo sermos donos
sem nada termos
simplesmente porque era de noite
e não dormíamos
eu descia em teu peito
para me procurar
e antes que a escuridão
nos cingisse a cintura
ficávamos nos olhos
vivendo de um só olhar
amando de uma só vida.»

Para Ti, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas" de Mia Couto.

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Porque o Amor não sabe nada e de nada sabe. Porque o Amor é uma linha recta que não divide nada. Simplesmente é. E é um grande FDP também pois vem, desarruma-te a casa, baralha tudo mas dar cartas que é bom... Já era! E sim, palavras leva-as o vento. Outro que também paga umas quantas favas que é, como quem diz, umas quantas facturas do outro (esse tal de Amor).


What's love but a second hand emotion
What's love got to do, got to do with it
Who needs a heart when a heart can be broken?



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