8 de novembro de 2012

Existo, sem pedir licença.

Costa da Caparica, Setembro/2012.


«Os homens não gostam que as mulheres pensem em silêncio. Nascem-lhes nervosas suspeitas.
- Enquanto ia costurando, o seu pai não imaginava que eu estava pensando. Minha cabeça viajava por todo lado.
Nesses escassos momentos, Constança era mulher sem ter que pedir licença, existindo sem ter que pedir perdão.

-- MIA COUTO no livro "O Outro Pé da Sereia", Editora Companhia das Letras.
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Já lá foi o tempo em que tal também me acontecia; Pedi muitas vezes desculpa por ser como sou. Porém, isso deixou de acontecer. Não peço desculpa por ser como sou. Aliás, não sei ser de outra maneira.

O curioso, no meio disto tudo, é que já em miúda fazia grandes barreiras à volta do prato. Pois, pois... Não gostava de ervilhas (na altura!) e, como tal, colocava-as à borda do prato.

Nos dias que correm, lamento! Não "papo" grupos, não aturo ninguém, nem tão pouco me insurjo ou imponho. Seja a quem for e por quem for. Quem não gosta, meta à borda do prato.

Existo, sem pedir licença e faço bom uso do meu Livre Arbítrio! Sou (mais) Eu!




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