18 de novembro de 2012

És sempre tu.

«É ela. É sempre ela. Para onde quer que olhe, para onde quer que vá. É ela. É sempre ela. O rosto dela, os traços dela, o jeito dela. E ouço-a falar. E sei exactamente como ela fala, e conheço exactamente o tom de voz dela, cada pausa, cada esgar, cada momento em que pára para pensar e cada momento em que pára para sorrir. E sou eu que paro. Sou eu que, ao vê-la em cada espaço por preencher dentro dos meus olhos (e o que são os olhos senão espaços por preencher; espaços sempre por preencher?), não paro. Continuo a encontrá-la. E não sei o que hei-de fazer para lhe fugir (como se foge do que está por dentro dos olhos? como se escapa do que não pode ser eliminado, do que não é mais do que um pensamento dentro da cabeça? como se escapa do que não existe? como se acaba com o que nunca começou?), não sei o que hei-de fazer para me fugir.»

Pedro Chagas Freitas, in "OU É TUDO OU NÃO VALE NADA".
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7 anos depois, nada é igual.
Deixaste tanto de ti em mim e, ainda hoje, continuas a ser vida em mim. És a minha verdade, o mais intimo de mim, do meu ser e das minhas entranhas desventradas com a tua súbita partida.
Fazes-me TANTA falta. Em tudo. Não mais ouvi o som dos teus saltos na arcada quando me vinhas chamar para tomar um café ao fim da tarde. Não sei onde ficou o cheiro do teu pescoço, nem tão pouco a maciez da tua pele, num corpo moreno e de 53 anos. Não ouço as tuas gargalhadas nem o som de tachos e portas a bater nas manhãs de Natal. Não mais se fumaram cigarros à beira mar, naquela que sempre será a tua praia na Caparica. Não temos segredos por partilhar alias, os meus "voaram" contigo, bem sabes... Não mais deixei que me afagassem o cabelo e, quando recentemente o permiti, acabei por ser enganada e defraudada. Não estás em lado nenhum físico, pelo menos. Não te ouço. Não te cheiro. Não te tenho.
Ainda assim, AMO-TE com todas as minha forças. Com todo o meu ser. Amo-te com doçura. Quero-te com força e determinação. Fiquei sozinha, bem sabes que sim. E também eu gosto de um dramazito, não fosse fruto de um beirão e de uma madeirense. Não esperneei (e nem esperneio), pouco ou nada chorei. Mas vendi todos os lenços de papel que consegui e deixei que todos à minha volta chorassem. E te chorassem.
No fundo, sou palhaça e teatral. Sim, porque podem morrer as mães dos palhaços mas estes... Continuarão a ter hora para entrar em cena no Circo, com o único intuito de fazer rir os demais.
TU és sempre TU. Mas eu jamais serei eu.
«Uma mão cheia de nada e o Mundo à cabeceira. 
Mas NUNCA me esqueci de TI.»
 

Algures, em 2002.



Tudo muda, tudo parte
Tudo tem o seu avesso.
Frágil a memória da paixão...
É a lua. Fim da tarde
É a brisa onde adormeço
Quente como a tua mão

 



3 comentários:

moranguito disse...

<3 te adoro boneca!

Anónimo disse...

O Amor é eterno e prolonga-se pelas VIDAS :)
daqui <3
Me
Candy girl ;)

Paula Vitória Santos disse...

Pois que tenho "um" Moranguito a dizer que sou uma boneca (medo!) mas também tenho uma Candy Girl que me ama de <3
Logo... Sou mais feliz hoje do que já o fui ontem ;)