25 de novembro de 2012

Dizer adeus é coisa de mãos.

Costa da Caparica, Agosto de 2008.

Foda-se que hoje estou nostálgica! Bucólica, talvez... Como diria a Tita. Ou, por assim dizer, estou parva, vá. Deve ser isto mesmo. Mas isto (também) faz parte do processo de "limpeza"; da libertação que urge em mim, no meu corpo, dos dias menos bons, da paz que almejo como se não hovesse destino.

Merda, sou densa "comó caralho". E custa ser-SE simples. Custa, ai custa, custa. Não é pouco, nem muito. É bastante!

Adeus, adeus e mais adeus. As mãos com que te amei são aquelas com que te digo adeus.

«Amei-te com as palavras
com o verde ramo das palavras
e a pomba assustada do coração.

Amei-te com os olhos
o espelho doido dos olhos
e a sede inextinguível da boca.

Amei-te com a pele
as pernas e os pés
e todos os gritos que trago
por debaixo da roupa.

Amei-te com as mãos
As mesmas com que te digo adeus.»
 
 -- Rosa Lobato de Faria.

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