19 de julho de 2010

Falta-me o chão.

Quando me beijas e me seguras pela cintura, naquela zona que eu não gosto nada mas que, como me sabe tão bem, nem reclamo.
Quando me tocas.
Quando sorris timidamente para mim e até mesmo quando soltas valentes gargalhadas devido às coisas que digo.
Quando me abraças e, assim-como-sem-saber-muito-bem-o-que-me-estás-a-fazer, me envolves em ti.
Quando me agarras com determinação e querer.
Quando colocas a minha cara entre as tuas mãos, onde me perco entre as cabecinhas redondas dos teus dedos.
Quando me dizes que sou «(...) realmente forte(...)» ainda que, na prática, eu saiba que estás completamente enganado.
Quando me convidas para comer um gelado a meio da semana, sugerindo o local do nosso primeiro encontro.
Quando te elogio a forma dos braços que terminam nessas mãos fantásticas que tens.
Quando te vejo passar em frente à janela para o Mundo e sei que, num ínfimo minuto, pensas em me ligar e desafiar para o que der e vier mas que depois, na prática, não tens coragem para o fazer.
Quando te vejo "perdido" e tão longe de saber o que fazer com as "ferramentas" que possuis.
Quando te sinto entregue ao que não vale a pena, que não faz sentido nenhum mas do que, provavelmente, tu aprecias assim de uma forma sombria e cinzenta.

Quando me dás passagem; Afinal, as senhoras seguem sempre à frente.
Quando dizes que, afinal, eu também sou "má".
Quando colocas o perfume que te dei mas que, no fundo, no fundo, sei que não conheces o porquê daquela escolha e principalmente do nome do mesmo.
Quando fazes de conta que ficas preocupado com o facto de eu dizer que és "estranho".
Quando sigo à tua frente de carro, enquanto falamos ao telefone, e me dizes que vais a imaginar tudo o que eu estou a fazer.
Quando esfregas os olhos e o nariz como se fosses um miúdo pequeno.
Quando te olhas ao espelho, fazes comentários e queres atenção.
Quando recebo mensagens tuas e quando me telefonas do nada.
Quando me dizes para caminharmos até ao teu carro e depois trazes-me até ao meu.
Quando me apareces "de surpresa" no mesmo restaurante
onde estou a jantar.

Quando me convidas para tomar café pela manhã e até quando me dizes que ficas aborrecido por eu não passar para te falar.
Quando descubro mais e mais sinais em ti com os quais converso animadamente.
Quando passas dias sem dar notícias.
Quando pressiono o meu corpo contra o teu e tu sorris como quem sabe exactamente o que ambos queremos.
Quando as nossas mãos se tocam quase sem querer.
Quando me vês "animada".
Quando dizes que estou gira e me dás passagem na rua ainda que a fila de carros atrás de ti aumente.
Quando percebo que ficas a pensar naquilo que te digo.
Quando te deixo falar e falar e falar sem pressas de nada e nem para nada.
Quando te levantas da mesa e te esticas para me beijar.
Quando percebo que não te queres ir embora já e ficamos ambos
sem jeito a jogar conversa fora.


Tell me quando, quando, quando...



* Fazes-me falta, sendo presente ou estando ausente.
* Tenho medo de alturas; Não me coloques em nenhum pedestal. Caminhar a teu lado faria sentido; Nunca atrás nem à frente.



Sem comentários: