12 de outubro de 2010

Estou-me (quase) a partir.

Não sei que se passa comigo; Não estou bem.
Não me apetece sair deste estado. Confesso que também não sei muito bem como fazê-lo. E também não sei se quero.
Estou muito, muito cansada. Não conto a ninguém; Não vale a pena.
Já pensei recorrer a uma prestação de serviços de Psicologia. Não, não vou desabafar com alguém, nem técnicos e nem com "amigos". Não sei se consigo falar com alguém. Não sei se, nem sei se quero.
Tenho um turbilhão de "coisas" cá dentro. Trash, pure trash. E não sei onde o coloco; Não sei como reciclá-lo. Não sei de nada e ao mesmo tempo sei de tanta coisa.
Estou profundamente triste. O meu sorriso deixou de ser alegre e estridente. E de honesto nada tem.
Tenho uma bola gigante na cabeça que me tolda o pensamento e me desventra o meu ser, a minha essência.
Não me conheço; Não me reconheço. Não me revejo em nada de nada. Sinto-me inútil.
Estou por um fio. Tenho medo de alturas. Não quero cair.
Sinto-me ir, quase a partir-me. No entanto, já sou um caco de mim. Mas, afinal, quem sou eu? De que matéria sou feita? Onde estão os meus valores, principios? Onde estou eu? Onde estão todos? Onde estás Tu, Mãe? (Deixaste-me sozinha e estás tão melhor do que eu... Porquê, Mãe? Porque me fizeste isto?)
No fundo, no fundo, eu sinto que gostava de me partir. Já estou farta de viver assim. Concentrei tanto amor dentro de mim mas nada flui. E agora? Agora, agora mesmo...
Estou-me a partir.

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