É em jeito de "rescaldo futebolístico" que vimos até Aqui... Hoje. Afinal, Ser Benfiquista é ter na Alma a Chama Imensa por um lado e, por outro, é ter na Essência uma Papoila Saltitante!
Estivemos doentes e distantes, bem sabemos. Ainda assim, e como dizem por aí que a Vida são dois dias, tratámos de os (tentar...) aproveitar ao máximo e visitámos Liverpool, na terra de Sua Majestade, a Sô Dona Isabel. Regressámos na madrugada do dia 6 de Novembro, ainda mais doentes e cansados do que fomos... Naturalmente. E outra coisa não seria de esperar.
Na bagagem houve espaço de sobra para a imensa vontade de lá voltar. Não nos chegou a chuva fria que se apanhou, devido a ter esta mania de nos misturarmos cidades dentro, para sentir as pessoas, guardar cheiros e sensações... Aquelas coisas que a Sony digital jamais conseguirá capturar... Naturalmente. E outra coisa não seria de esperar.
Porém, queremos acreditar que, de certa forma, ficámos e deixámos algures a nossa marca singela entre estádios de futebol, catedrais mais ou menos convencionais, coffee shops, o bar no 2nd floor do Holliday Inn, o The Cavern, as "n" Road com nomes disto e daquilo (fotografámos várias placas com nomes de ruas...), estações de metro e de comboio, a zona portuária e o Museu dos The Beatles... Naturalmente. E outra coisa não seria de esperar.
E as 22:00 ainda não tinham chegado, já o Paulo Curado, Jornalista do Jornal Público/Desporto enviado até Liverpool, escrevia assim:
«Liga Europa
Benfica ganha ao Everton e isola-se no primeiro lugar
05.11.2009 - 21:57
I'm wondering why
You hurt me then
You're back again?
No, no, no, not a second time
Not a second time
Not a second time
No, no, no, no, no
“Not a second time”, Beatles
Tal como na letra da música dos Beatles, o segundo encontro entre o Everton e o Benfica trouxe mais dor aos “Toffees”, que voltaram a sofrer com o quarteto Aimar-Saviola-Cardozo-Di María e terminaram esta dupla jornada com um saldo de sete golos sofridos, sem resposta, depois de perderem em casa por 2-0. Um resultado que permitiu aos benfiquistas isolarem-se no comando do Grupo I.
“Everlution” é o nome de uma exposição patente na Biblioteca Central de Liverpool, que mostra a história centenária do Everton. E, desde o século XIX, foram muitas as evoluções no clube. O mesmo não se pode dizer das últimas duas semanas, que trouxeram fracas mudanças na forma de jogar dos ingleses, goleados em Lisboa por históricos 5-0.
Quase dois anos depois, o Benfica voltou a vencer fora de casa numa prova da UEFA e acabou com a invencibilidade do Everton, em Goodison Park, para as competições europeias, que durava há mais de quatro anos. Uma segunda parte de nível dos “encarnados” terminou com qualquer intenção vingativa inglesa.
Saviola e Cardozo, autores de quatro golos na Luz, voltaram a esfrangalhar os nervos dos adeptos do Everton e dividiram os dois golos da vitória. Mas é preciso salientar que foi preciso Aimar saltar do banco, para os lisboetas afinarem o seu ataque.
Perante um Goodison Park bem preenchido, com mais de 30 mil espectadores, o encontro arrancou com poucas alterações entre os protagonistas da partida em Portugal. No total, apenas quatro alterações, duas para cada equipa. No Benfica, Sidnei e Fábio Coentrão, renderam César Peixoto (lesionado) e Aimar (poupado, no banco), obrigando a uma rearrumação do “onze” — David Luiz foi desviado para o lado canhoto da defesa, regressando ao “miolo” Sidnei, enquanto Ramires rendeu Aimar, como maestro dos “encarnados”, acabando por sair lesionado ainda antes do intervalo (rendido por Maxi Pereira).
Sem dominar o encontro e muito menos a contabilidade dos remates, o Benfica foi quem mais perto esteve de abrir o marcador na primeira metade. Uma bola ao poste de Cardozo e uma recarga para grande defesa de Howard, aos 41’, serviram de aperitivo para o segundo tempo “encarnado”.
E de facto, as “águias” voltaram ao relvado com vontade de repetir os minutos infernais que o Everton sofreu em Lisboa. Entre os 50’ e os 60’, a baliza inglesa serviu de alvo a Amorim, Coentrão, Di María e David Luiz, mas faltava algo ao ataque dos visitantes. Jesus foi sensível ao apelo da zona vermelha das bancadas, onde se gritava “Benfica, faz um golo, olé” e chamou Aimar (saiu Coentrão). O 0-1 (Saviola) surgiu três minutos depois e o segundo veio aos 75’ (Cardozo, em posição irregular), ambos com a bola a passar pelo mago argentino. A reacção do Everton, nos instantes finais, chegou tarde e encontrou sempre Júlio César pela frente.»
Depois das 22:00, e findo o game, lá tivémos que aguardar uns quantos minutos até podermos sair do estádio (bolas, seríamos alguns hooligans???) o que, depois daquele aparato todo com Stewarts à mistura, aconteceu tranquilamente e, no caminho para o bus que nos levaria ao aeroporto, lá conseguimos trocar um cachecol antigo do Benfica por um do Everton, que diz algo como: Everton 1878 - The People's Club (esta também é uma mania antiga, a de trocar cachecóis... aprendemos com o Primo N.). Naturalmente. E outra coisa não seria de esperar.
Nota da Direcção:
Trazemos ao peito, e com muito orgulho, uma Papoila especial que representa o Poppy Day (http://en.wikipedia.org/wiki/Remembrance_Day), em memória dos soldados britânicos mortos na Flandres, durante a I Guerra Mundial.
Mais honrados nos sentimos por Nós, os Benfiquistas, também as termos... As Papoilas Saltitantes meus caros amigos e leitores, as Papoilas Saltitantes. Naturalmente. E outra coisa não seria de esperar.