21 de dezembro de 2008

Verdade.


«Sê escrupulosamente verdadeiro, mesmo que a verdade seja inconveniente, pois será mais inconveniente se tentares escondê-la.»

In The Autobiography of Bertrand Russell (1967–1969), 9.º princípio do "código de conduta" liberal, proposto pelo autor.


Categorias, conceitos e rótulos. Mas para é que isto serve, podem explicar-me? Que necessidade é esta de "chamar os bois pelos nomes" e de "pôr os pontos no is"? Não podemos apenas ver, sentir, escutar, cheirar, provar? Deixar fluir e percepcionar tudo aquilo que a Natureza nos apresenta e que já reconhecemos como verdade?

Não me apetece nada tentar perceber este Mundo Louco onde vivemos. Que aborrecimento tremendo esta coisa de querer parecer sem ser. Olho à minha volta e tenho a sensação de que estou e não estou. Sou e não sou. Mas não sou só eu! Garanto-vos que anda meio Mundo alucinado e a sentir o mesmo!

Por causa desta sensação desconcertante e, em jeito de ir mantendo a mente ocupada, resolvi usar a palavra Verdade como título deste post e imediatamente fui procurar os escritos antigos do filósofo Russell. Verdade não deixa de ser um conceito para uns e uma teoria para outros. Para mim é apenas uma palavra. Uma palavra que transporta consigo a verdade de cada Um. Aquilo que enxergamos e reconhecemos como tal. Como verdade. A minha verdade e a verdade dos outros será sempre subjectiva.

Há alguns dias atrás escrevi-vos sobre Momentos. Momentos do aqui e do agora. Há momentos na nossa vida, em que muitas vozes e muitas verdades insistem em querer chamar e prender a nossa atenção para que olhemos para várias direcções... Nestas alturas, sentimos tamanha confusão e, por vezes, ficamos até assustados.

Mas, se analisarmos a questão de uma outra maneira, será que não se trata apenas de um "lembrete", de um sinal de alerta para que possamos procurar o silêncio com a finalidade de nos centrarmos dentro de nós mesmos?

Este é o desafio que vos deixo. Experimentem... Tentem encontrar uma forma descontraída para escutarem a vossa própria Verdade.


http://br.youtube.com/watch?v=hoAP6y6AMt4&feature=related




1 comentário:

Paulo de C. disse...

Tem razão,quase sempre no problema está a solução.A grande angústia mais do que achar a própria verdade é conseguir viver de acordo com ela,ultrapassar todos os condicionalismos de vivermos em sociedade.Mas como dizia o Freddy:"show must go on"