25 de dezembro de 2008

Fora de Combate.


«Não queiras saber de mim
Esta noite não estou cá
Quando a tristeza bate
Pior do que eu não há
Fico fora de combate
Como se chegasse ao fim
Fico abaixo do tapete
Afundado no serrim...»

Rui Veloso, "Não queiras saber de mim"


Fora de Combate. Na minha. A "curtir" my own way... Insuportável, talvez. Doce, também. Melancólica. Pensativa. Olho para dentro de mim e vejo tudo o que sou. Sinto tudo. Tudo o que quero e o que não quero.

Sentimentos. Nada mais. Momentos meus, únicos... Só meus. Talvez fuja do "Medo" de Amália, aquele que dorme connosco... À noite, no escuro. Aquele medo que só tu reconheces, Santiago. Por vezes, chamo-Te assim. Outras vezes, és o Meu Lindo, o Meu Lindinho. Vejo-te sempre Iluminado... Full of You, nessa Aura que te acompanha e que só é percepcionada por Nós, os Iluminados Do Mundo.

Que Ser tão pleno e intenso és Tu? Conheço-te desde Menino, lembras-te? Perdemo-nos sempre no meio de conversas, de vinho tinho em copos de vidro. Contigo, não importa em que género de copos. Sejam os copos daquela tasca no Bairro, depois de um concerto do Camané (e já lá vão quase cinco anos!) ou sejam os copos de pé alto que "rebolam" nas nossas casas apenas porque gostamos de coisas boas. As coisas boas da vida.

Perdemo-nos e encontramo-nos sempre no meio de Sorrisos e de Abraços tão nossos. Enches-me a Alma com pouco e com tanto. Vivemos e alimentamo-nos de recordações que não se perdem. Vivenciamos a Saudade como que saboreando suavemente o Baú Das Recordações. As Nossas Recordações, tão Nossas. Entendes-me sem palavras. Sentes-me à distância. Sofres comigo e partilhamos penas e perdas. Mas avançamos no Caminho, nesta Missão.

Avançamos e Caminhamos. Somos assim, tão cúmplices, tão ao nosso jeito estúpido de ser. Frios e Carinhosos, Rudes e Delicados. Esta é a nossa Estranha Forma de Vida. Amamos, lutamos contra moinhos de ventos tal e qual D. Quixotes do Século XXI, sentimos, sorrimos, choramos até... Ou não choramos, ficamos apenas "presos" às imagens. Seremos sempre os últimos a sair do cinema. Seremos sempre os últimos a beber a última gota de vinho. Abraçaremo-nos sempre à saída...

Mas, na nossa Alma e no nosso Coração, ocuparemos sempre lugares de Topo. Tu e Eu. E porquê? Porque gostamos de NÓS como Somos.

Nesta Noite, dita Sagrada para uns e para outros uma noite qualquer, escrevo por e para Ti. Entretanto, vou arranjar-me para sair para a rua, beber uns copos e ouvir música na festa da Kapital. Está frio, agasalha-te. Eu hoje não quero resistir a usar um decote ousado e a colocar um risco preto nos olhos... Talvez nos reencontremos por lá.

Por enquanto... Estou Aqui e Agora a pensar em Ti, Tiago... Obrigada por me amares incondicionalmente. Espero estar sempre à altura deste Sentimento Simples mas tão Nobre que é a Amizade. A Nossa Amizade.



Sem comentários: