Tu não te cansas de dizer que isto é coisa dos poetas e de todos aqueles que, de uma forma ou de outra, verbalizam e dão forma ao Amor.
Estamos numa bolha. O filme passa no écran da TV da sala e somos nós, somente nós, que ali estamos. E é bom vermo-nos! Melhor é sabermo-nos próximos e "emparelhados", numa só vibração, numa onda de calor que só os afectos trazem, aquela que só os Amantes conhecem. Os mesmos afectos que nos dão alento e que coloram a nossa Alma, como se de um arco íris se tratasse. Simples e romântico, não é?
Seja já lá coisa de poetas ou não [como sabes, o romântico (desde pequenino) és tu, eu sou a mera aprendiz], na verdade, pouco importa. Sabemos ambos o que é nada ter, nada sentir. Por isso (também, mas não só), te escrevo.
Não sou escritora mas posso fazer de conta. E já lá vão 7 anos a servir-me desta Paragem para isso mesmo, para fazer de conta que sou o que não sou ou que nunca pensei ser. No entanto, hoje e em todos os dias que correm tão mas tão lentamente para quem se ama à distância de um Oceano (credo, pareço o Saramago com suas frases longas e sem pontuação!), vim aqui fazer de conta que sou escritora, a tua escritora (preferida!).
O objectivo é simples. Quero apenas fazer-te acreditar que, por agora, pelo tempo que durar, esta paixão por ti é de arrasar e que o amor que te tenho, também ele será imortal. Se sou exagerada? Sou. Também isto faz parte do Plano. O Plano de amar-te com toda a intensidade e emoção do primeiro dia que, no nosso caso em particular, foi à noite, lá bem "no alto" da Cidade do Funchal, onde o Céu da tua Ilha tinha os 7 sentidos mais do que apurados e que me soube "ler e ouvir". E depois vieste tu, doce e sereno, dizer-me que foram os astros que se alinharam "todinhos" para que tal encontro tivesse lugar. Juro, eu só posso ser eternamente grata por te ter!
Se isto não é coisa de poeta, escritor... Só pode ser coisa tua, meu Amor! Sim, estás apaixonado e os apaixonados pouco ou nada sabem sobre o que dizem. É deixá-los sentir!
PS: Merecemo-nos.
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