23 de abril de 2015

Creio que foi o sorriso, talvez o teu jeito. Mas não sei ao certo.


Andei a pensar nisto durante a manhã mas não tive oportunidade de vir Aqui escrever. Agora, e já depois de um almoço diferente, em jeito de Sexta-Feira antecipada, comecei por procurar o significado da palavra cativar e, em sentido figurado, penso ter encontrado a resposta mais adequada:


v.pron. Figurado. Ficar apaixonado por; enamorar-se.
(Etm. do latim: captivare)

Devo dizer que, de certa forma, este foi o significado que mais preencheu a vontade de (te) vir falar de Amor. Não de um amor qualquer, não. Nada disso. Venho falar de A-M-O-R ; Do teu Amor por mim, do meu Amor por ti. Este nosso Amor maravilhoso que nem o Atlântico consegue acalmar, ainda que a distância - essa espécie de vírus - insista em intrometer-se entre nós. Mas nós somos grandes e fortes. Quer dizer, temos dias. E também temos noites e ainda camas vazias.

Em tempos idos, falaste-me em criar espaços. Lembrei-me agora do quanto essa expressão entoou (e tem feito eco) na minha cabeça, de como me tocou na alma e, naturalmente, no coração. Sim, contigo descobri que tinha um coração preparado para amar, para TE amar, como um Homem e uma Mulher se podem e devem amar... Eis-nos chegados aqui, agora, ao momento presente.

Ainda há pouco falava eu de nós. Recordava o último do ano, o primeiro telefonema 1 mês e meio depois (celebrava-se então o 4.º aniversário do meu outro grande Amor, aquele que te vê como quem tem um foguetão, aquele que contigo vai partilhar brinquedos e que quer que durmas em casa dele; sim, tu já sabes de quem falo), recordo o primeiro encontro, já em Lisboa, o nervoso mais do que miudinho, o calor, a vontade de nos abraçarmos, o carinho que já sabíamos nutrir um pelo outro e até me recordo dos dois beijos que demos ao de leve na face um do outro.

Fizeste-me feliz logo ali, no meio de tanta gente mas, ao mesmo tempo, não havia mais ninguém, estávamos sozinhos. Ainda hoje, desculpa insistir nisto, não me dou longe de ti, mesmo que até estejamos na mesma cidade e que eu saiba que já, já me vens buscar para jantar ou que, passando dez minutos da meia noite, tu vais tocar à campainha ou meter a chave à porta. Não, meu Amor. Desculpa, vou repetir-me, mas não me dou longe de ti.

Cativaste-me. Aqui estou eu, encantada contigo e fascinada pelo tanto que (já) somos e temos. E, por mais voltas que dê, continuo na dúvida sobre o que me aconteceu naquela noite. Terá sido o teu sorriso? Foi a tua voz? O teu jeito tímido? O brilho do teu olhar de menino, esse mesmo olhar que me lê a alma? Terá sido tudo isto? Pois, não sei.

Mas está tudo certo. E, como diz a Célia, tudo faz parte.




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