Praia do Garajau, 2 de Abril de 2015.
E eis-me aqui, 12 dias depois do último abraço, dos últimos beijos (leves e tristes), de um sorriso disfarçado, dos adeus que dissemos enquanto eu subia (a muito custo) a escada rolante. 12 dias depois.
Tudo me parece vago, tudo está baço. Quero o calor do teu abraço, o teu olhar doce e a calmaria que trazes contigo e que, de certa forma, me matou os fantasmas e me deixa mais leve, mais solta. É isso mesmo. Preciso de ti. Preciso da tua leveza e desse jeito único e terno de ser.
Preciso da tua determinação, da tua coragem. Quero para mim a tua verdade e as tuas certezas. Preciso do teu sorriso mas também não passo sem a tua voz, nem tão pouco sem te ver falar e gesticular o lábio superior de uma forma tão peculiar, tão tu. Tão minha, porque já és meu. E eu sou tua. Tu sabes...
Preciso da tua determinação, da tua coragem. Quero para mim a tua verdade e as tuas certezas. Preciso do teu sorriso mas também não passo sem a tua voz, nem tão pouco sem te ver falar e gesticular o lábio superior de uma forma tão peculiar, tão tu. Tão minha, porque já és meu. E eu sou tua. Tu sabes...
Preciso de ti. Mais hoje do que já precisava ontem.
Toca-me onde me dói e verás
uma flor a abrir-se lentamente
sobre a pele, a maravilha nunca
adivinhada de um mistério. Esta
é a tua vez de o desvendares -
paixão é uma palavra demasiado
antiga no meu corpo, já não sei a
última vez, a única vez. Toca-me
por isso devagar, não me lembro
da primavera que fez nascer a
doença sobre a ferida, não sinto
o recorte da cicatriz que o tempo
pousou nela. Agora chama-me ao
teu peito com as mãos, tal como a
chuva chama pelos narcisos sem
cessar, ano após ano; diz o meu
nome com os dedos a serem rios
que latejam no coração adormecido
de uma aldeia. Não me adivinhes -
lá, onde me doer, vou recordar-me. -- Maria do Rosário Pedreira.
uma flor a abrir-se lentamente
sobre a pele, a maravilha nunca
adivinhada de um mistério. Esta
é a tua vez de o desvendares -
paixão é uma palavra demasiado
antiga no meu corpo, já não sei a
última vez, a única vez. Toca-me
por isso devagar, não me lembro
da primavera que fez nascer a
doença sobre a ferida, não sinto
o recorte da cicatriz que o tempo
pousou nela. Agora chama-me ao
teu peito com as mãos, tal como a
chuva chama pelos narcisos sem
cessar, ano após ano; diz o meu
nome com os dedos a serem rios
que latejam no coração adormecido
de uma aldeia. Não me adivinhes -
lá, onde me doer, vou recordar-me. -- Maria do Rosário Pedreira.
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