"Hollywoodices".
Não escondo o meu profundo descontentamento sobre quase tudo que nos chega da América. Daqui vem do pior a... Coisinhas melhores. Os americanos têm essa capacidade de fazer nascer o mau e o bom. Já disse várias vezes, e volto a afirmar, que não tenho vontade nenhuma de ver o filme vencedor do Óscar em 2008, Slumdog Millionaire (http://en.wikipedia.org/wiki/Slumdog_Millionaire). Não duvido que possua atributos e argumento capazes para ter merecido ganhar tal prémio. Já li até que a banda sonora vale por tudo o resto, o que me deixa (apenas) tentada a comprar o CD, como apreciadora de todo o tipo de música que sou. Mas valha-nos Deus! Continuam eles a querer "bater no ceguinho", contando histórinhas de embalar... Mas embalar quem, digam-me? São temas batidos, gastos. Perde-se o romance e a beleza de singelas histórias de amor no meio de tanta pobreza. E, no fundo, para quê? O coitadinho do menino que sonha ganhar dinheiro fácil, concorrendo a um concurso apenas para prender a atenção da sua amada... Não há "pachorra". E, como quem manda aqui sou eu, ficam já a saber que, se eu mandasse por lá, as "hollywoodices" seriam outras.
Fui ver o The Reader (http://en.wikipedia.org/wiki/The_Reader_(film) no domingo, ao final do dia. Ainda estou a pensar no filme, na sua história. No tanto que fica por ali, perdido no ar, em qualquer sala de cinema. Trata-se de um filme inquietante, onde o Amor é retratado de formas distintas mas que se consegue sentir. Respira-se um Amor e um Romance que podem acontecer a qualquer momento, a qualquer pessoa, mesmo com aqueles que, por motivos vários, participaram em acontecimentos atrozes que marcaram a Humanidade, como foi a Segunda Guerra Mundial onde ocorreu, por exemplo, a evacuação do campo de Auschwitz.
Estive sempre muito atenta a tudo mas voltarei, com certeza, a uma sala de cinema para ver de novo este filme. Mudei de posição na cadeira vezes e vezes sem conta. Quase sem saber, fui transportada para Berlim. Berlim dos anos 50, 60, 70 e, finalmente até ao ano de 1995... Recordei obras literárias como a Odisséia, de Homero, A Dama do Cachorrinho, de Anton Checkhov e Huckleberry Finn... Enquanto Nico Muhly nos embala suavemente com a sua música (http://www.youtube.com/watch?v=Rdc2BYdVhTg).
Polémico ou não, simples ou complexo, inquietante ou não... Acreditem, vale a pena ver este filme, baseado no romance Der Vorleser de 1995, escrito pelo alemão Bernhard Schlink.
P.S. Curiosamente, acabei por descobrir também que Nico Muhly participou recentemente no trabalho The Crying Light (http://en.wikipedia.org/wiki/The_Crying_Light) do Antony and The Johnsons, com quem estarei no Coliseu de Lisboa em Maio ;-)
Não escondo o meu profundo descontentamento sobre quase tudo que nos chega da América. Daqui vem do pior a... Coisinhas melhores. Os americanos têm essa capacidade de fazer nascer o mau e o bom. Já disse várias vezes, e volto a afirmar, que não tenho vontade nenhuma de ver o filme vencedor do Óscar em 2008, Slumdog Millionaire (http://en.wikipedia.org/wiki/Slumdog_Millionaire). Não duvido que possua atributos e argumento capazes para ter merecido ganhar tal prémio. Já li até que a banda sonora vale por tudo o resto, o que me deixa (apenas) tentada a comprar o CD, como apreciadora de todo o tipo de música que sou. Mas valha-nos Deus! Continuam eles a querer "bater no ceguinho", contando histórinhas de embalar... Mas embalar quem, digam-me? São temas batidos, gastos. Perde-se o romance e a beleza de singelas histórias de amor no meio de tanta pobreza. E, no fundo, para quê? O coitadinho do menino que sonha ganhar dinheiro fácil, concorrendo a um concurso apenas para prender a atenção da sua amada... Não há "pachorra". E, como quem manda aqui sou eu, ficam já a saber que, se eu mandasse por lá, as "hollywoodices" seriam outras.
Fui ver o The Reader (http://en.wikipedia.org/wiki/The_Reader_(film) no domingo, ao final do dia. Ainda estou a pensar no filme, na sua história. No tanto que fica por ali, perdido no ar, em qualquer sala de cinema. Trata-se de um filme inquietante, onde o Amor é retratado de formas distintas mas que se consegue sentir. Respira-se um Amor e um Romance que podem acontecer a qualquer momento, a qualquer pessoa, mesmo com aqueles que, por motivos vários, participaram em acontecimentos atrozes que marcaram a Humanidade, como foi a Segunda Guerra Mundial onde ocorreu, por exemplo, a evacuação do campo de Auschwitz.
Estive sempre muito atenta a tudo mas voltarei, com certeza, a uma sala de cinema para ver de novo este filme. Mudei de posição na cadeira vezes e vezes sem conta. Quase sem saber, fui transportada para Berlim. Berlim dos anos 50, 60, 70 e, finalmente até ao ano de 1995... Recordei obras literárias como a Odisséia, de Homero, A Dama do Cachorrinho, de Anton Checkhov e Huckleberry Finn... Enquanto Nico Muhly nos embala suavemente com a sua música (http://www.youtube.com/watch?v=Rdc2BYdVhTg).
Polémico ou não, simples ou complexo, inquietante ou não... Acreditem, vale a pena ver este filme, baseado no romance Der Vorleser de 1995, escrito pelo alemão Bernhard Schlink.
P.S. Curiosamente, acabei por descobrir também que Nico Muhly participou recentemente no trabalho The Crying Light (http://en.wikipedia.org/wiki/The_Crying_Light) do Antony and The Johnsons, com quem estarei no Coliseu de Lisboa em Maio ;-)