25 de novembro de 2010

Nichos.

Esta manhã, enquanto espalhava o rimel preto pelas pestanas, num gesto lento e meticuloso, divagava sobre a quantidade de nichos acumulados em que se transformou a minha vida. Ora vejam como crescem a olhos vistos: um nicho de assuntos (de)pendurados, um nicho de pequenos montes (ora de roupa, ora de CD, ora de DVD, ora de botas e sapatos, ora de malas, ora de bolsas de WC das viagens mais recentes, ora de casacos, ora de livros por ler, etc etc etc...), um nicho de vontades e desejos que não ganham forma na minha cabeça quanto mais materializarem-se, um nicho de "amigos" de merda e que para nada servem, um nicho de sentimentos com (algum) valor, um nicho de gente pequena no meu trabalho que, de tão merdosa que é, trasanda a podridão, um nicho do que fui, um nicho do que não sou, um nicho do que não hei-de ser... E por aqui ficava a divagar, entre um e outro estado louco e de devaneio. Mas não me apetece.

Por hoje, já me chegou cuspir cá para fora esta porcaria toda. E soube-me pela vida.

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