27 de fevereiro de 2013

Eu sei.

Eu sei.
No fundo, no fundo eu sei.
Eu sei que mereço que me tenhas deixado por aí. Sim, deixado por aí. Perdida e abandonada que nem uma cadela sem dono, sem tecto e sem rumo.
Já te sorri, já te ri. Já te chorei vezes sem conta. Eu sei que sim.
Era tua, só tua. Era a tua menina de olhos grandes e pestanudos. E hoje? E ontem? E amanhã? Pois, eu sei. Nada sou.
Eu sei. Eu mereço, não é?
Eu sei que sim. Aliás, caso contrário, nenhuma outra explicação existiria para me teres abandonado.
Eu sei. Eu mereço. Eu sei que assim é.
Eu sei. Mas gostava que me ouvisses gritar que tu, para mim, ainda és tudo.
Eu sei. Tu já não me ouves. Tu já não me queres. Mas sabes que mais?
Eu sei.









14 de fevereiro de 2013

Não sei bem onde.

E tudo o vento levou.


Sexo Oral. 
«Primeiro a tua língua molha o meu coração, num vagar de fera. Estendo aurículas e ventrículos sobre a mesa, entre os copos que desaparecem. Não há mais ninguém no bar cheio de gente. Abres-me agora os pulmões, um para cada lado, e sopras. Respiras--me. O laser das tuas palavras rasga-me o lobo frontal do cérebro. A tua boca abre-se e fecha-se, fecha-se e abre-se, avançando por dentro da minha cabeça. As minhas cidades ruem como rios, correndo para o fundo dos teus olhos. O tempo estilhaça-se no fogo preso das nossas retinas. O empregado do bar retira da mesa o nosso passado e arruma-o na vitrina, ao lado dos exércitos de chumbo. Entramos um no outro, abrindo e fechando as pernas das palavras, estremecendo no suor dos olhos abraçados, fazendo sexo com a lava incandescente dessa revolução imprevista a que damos o nome de AMOR.»
-- Inês Pedrosa.


A revolução acontece dentro de mim, na minha cabeça. No lugar do coração tenho pouco e desse mesmo pouco, quase nada me resta. E perco-me neste turbilhão de coisas estranhas que me invadem mesmo sem eu querer e sem que eu tenha conhecimento. Tenho alturas em que me sinto uma filha da puta de uma cabra fria e sem ponta de sentimentos. Se gosto de me vestir neste papel? Talvez sim; Talvez não. Sei lá. Sou eu mas logo a seguir já nem sei quem e o que sou. E estou-me nas tintas também para isso.

Psiuuu... Nada de barulhos e de grandes coisas. Vou sair de mim para me voltar a perder em mim. E faço de conta que esqueci todos quanto me fizeram mal. O perdão, esse, já lá mora mas... Não sei bem onde.


 

Soler em Mim.


Eu & Ana Soler :)

Bem que podia ficar aqui a divagar sobre a amizade e outras lamechices que tais mas não me apetece fazê-lo. O sentimento é puro, honesto e de tal tamanho difícil de quantificar. E não o quero fazer.

Conheci a (Ana) Soler em Janeiro de 2006. Voltamos a ver-nos três anos depois, na despedida de solteira de uma amiga comum. Estranhamente, ou nem tanto, eis que devido a uma troca de números de telefone, começámos a falar/escrever... Exactamente 3 anos depois!

Já em 2012.
O Benfica tem destas coisas. Também. É uma espécie de vírus mas daqueles bons e nada nocivo. Está-nos no sangue, na alma e explode-nos pela boca e pelo coração. E assim vamos nós, caminhando juntas e escrevendo as histórias das nossas vidas.

Porém, a minha vida sem tu por "aqui" existires jamais seria igual. E mais uma vez te digo: Sou-TE grata. Por isso mesmo, e vou-me deixar de coisas, sou muito mais feliz hoje que te tenho por perto, do que era há uns anos atrás sem te "conhecer".

Mas calma... Certo e sabido é que não foi em vão que os nossos Caminhos se cruzaram. Não! Nada disso. Estava escrito e por isso mesmo parei hoje nesta Paragem para to dizer.

SolerZita, minha Pequenota: Somos GRANDES!