11 de outubro de 2009

Reflexão rima com Eleição.





Jardins do CCB, Belém. 19 de Setembro de 2009.


Para não variar muito, a foto é minha e retrata, tão somente, aquilo que os meus olhos registaram e que a Sony tratou de capturar.











Semanas depois das eleições para o Governo português, eis que nos dirigimos novamente às urnas para, desta feita, votarmos em consciência para eleger os autarcas que nos representarão nas Assembleias e Câmaras Municipais, assim como nas Juntas de Freguesia espalhadas por esse Portugal (pouco) profundo.




Confesso que já não aguentava muito mais o ruído aqui na Aldeia. Consegui o feito, praticamente impossível, de passar pouco tempo em casa durante estas últimas semanas... Não foi fácil, garanto-vos.




Segundo dizem os entendidos, as campanhas políticas encerraram pelas 0:00 de Sexta-Feira e, ao que consta, ontem foi dia de reflexão já que hoje é dia de eleição.
Vai daí, o título deste post.



Curiosamente, ou não, deixei-me (re)pousar na Aldeia durante todo o santo dia de ontem. Precisava mesmo de reflectir sobre, e exclusivamente, a decisão final relativa à eleição para o partido e a pessoa em particular que me iriam representar na Junta de Freguesia aqui do sítio que, para o bem e para o mal, fica mesmo em frente à janela e varanda do meu quarto... Raios.



Bom, mas não consegui chegar a conclusão nenhuma até porque, bandeiras e "bandeirolas", panfletos, carros, carroças e camiões ainda entoavam na minha mente, como se batidas e "estalidos" fossem, tipo sensação pós-noitada (vulgo, ressaca) só que, desta vez, nem uma cápsula de Guronsan resultava.



Dormi mal e pouco... Acordei horas antes do despertador tocar, passeei-me pela casa, bebi água e voltei a deitar-me na vã expectativa de conseguir dormir mais um pouco mas... Nada feito. 3/4 de hora depois estava a pé, pus a máquina de lavar louça a trabalhar, fui tomar banho, vesti-me, preparei o leite de arroz com o único café que tomo actualmente por dia, despenteei-me, coloquei os Ray Ban e saí para a rua.



Senti-me tentada a ir de imediato para a minha antiga escola primária, dirigir-me à mesa de voto nr.º 128 e pronto, arrumar o assunto... De vez. Mas não. Ainda fui beber um misero descafeínado e aproveitar para ver como "paravam as modas" pela Aldeia.



Afinal, "a coisa deu-se" mais rápido do que eu própria julgara:


- Cruzei-me e cumprimentei um e outro nativos da zona. O habitual, já que vivo aqui há 34 anos e, por outro lado, este meu ar e cabelo estranhos não passam assim tão despercebidos.


- Cheguei à escola, dirigi-me à mesa de voto sem consultar qual seria pois sabia exactamente onde era.


- Soube-me bem ouvir o meu nome completo em voz alta... Recebi os três boletins e lá fui eu.


- Deixei para o fim aquele boletim branco e imaculado, o que dizia respeito ao voto para a Junta de Freguesia da Aldeia, até porque quanto aos outros dois não tinha qualquer dúvida. Fez-me lembrar aquelas perguntas mais difíceis dos exames e que eu insistia em responder apenas no fim.


- Abreviando... Votei em ti. Sim, ousei porque acredito nessa tua capacidade de liderar e de inovar, seja lá o que quer ou no que for, mas também porque sei que, se decidiste envolver-te nestas "coisas dos sufrágios", é porque reconheces as tuas capacidades, o projecto está "à tua altura" e é "a tua cara".



Sim, votei em ti em consciência, é certo, mas também de coração. Não fosses tu quem és e não fosse eu quem sou.



Por muito que me custe (e me doa) admiti-lo, a verdade é que...



Haja o que houver
Eu estou aqui
Haja o que houver espero por ti

(...)
Há quanto tempo, já esqueci
Porque fiquei, longe de ti
Cada momento é pior
Volta no vento por favor...

Eu sei quem és pra mim
Haja, o que houver
espero por ti...

(...)





1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigado!

Eu sabia que sim, muitas coisas continuam a afastar-nos,somos ambos pessoas fortes e por isso nos magoamos, mas tenho a certeza que na hora de precisarmos um do outro estaremos sempre lá, com o coração sereno e com o afecto que sempre nos unirá. "Há gente que marca a alma e a vida da gente...!
Como vês vou sempre sabendo de ti, porque continuo a ler as tuas palavras.
Aproveito para dizer que apesar de não ter vencido a guerra, venci uma batalha, e estarei lá a representar as muitas pessoas que me elegeram. Abraço