17 de outubro de 2009

Nem parece...


Foto de Paula Santos. Largo Camões, 23 de Dezembro de 2008.


Caramba! Nem parece que passou um ano mas... Passou.


Foi exactamente no dia 16 de Outubro de 2008 que eu te disse, dentro do teu "pequenino", que era em ti que eu pensava e que eras tu quem eu queria... Conhecer melhor. Foi mais ou menos assim, num parque de estacionamento escuro e sombrio, depois de jantarmos frango assado com o meu Pai e de eu te ter ouvido cantar na Igreja de Santa Isabel, enquanto fazia de conta que lia o "No Parapeito" da Rita Ferro Rodrigues.


A surpresa tomou conta de ti. Ainda assim, não me arrependo. Aliás, não me arrependo de nada do que fizemos. O meu coração batia tanto, queria saltar cá para fora e entregar-se nas tuas mãos. Na verdade, não saltou naquele momento... Saltou depois, tornando-se como que um coração virtual que depois... Se "desvirtualizou". Sabes, apesar de tudo, ainda hoje gostaria de entender uma série de coisas que, vai na volta, não interessam nada mas... Pronto.


Lamento profundamente por todos os abraços e beijos que não me deste. Ficou este mau sabor na boca, esta mágoa profunda de quem não viveu o que poderia ter vivido assim, de uma forma leve e tranquila, sem ciúme, sem dor, sem pressas... Amei-te sem rodeios, sem olhar a meios. Mimei-te, enalteci-te, desejei-te todas as noites, com ou sem sexo. E, ainda esta manhã, enquanto me remexia na cama, entre o saltar ou não para a manhã que insistia em surgir, dei por mim a esticar o braço para ver se ainda ali estavas... Mas não, não estavas. Acho que o que me custou mesmo não foi a ilusão de poderes, eventualmente, estar ali, ao meu lado... O que me custou horrores foi perceber que não te poderia tapar com o lençol para que... Não sentisses frio ao acordar.


Dói, não te nego. Mas, acima de tudo, esta dor deve-se exclusivamente ao facto de nunca me teres dado uma oportunidade... Pelo tempo que fosse. Afinal, se pensares um bocadinho, não te custaria nada receber os meus carinhos em público, no centro comercial ou no meio de uma rua qualquer. Vês, teria sido tão fácil se me tivesses enxergado... Hey! Eu não passo de uma Menina Frágil de quem tu poderias ter tomado conta, pelo tempo que durasse... De uma forma leve e tranquila, sem ciúme, sem dor, sem pressas... Sem rodeios e sem olhar a meios tal como... Eu te amei.


Se eu quisesse exprimir
tudo o que vivi neste último ano, usando uma forma distinta daquela que tenho escrito Aqui, a coisa ficaria mais ou menos assim...


«Relógio , tempo partido. Parado, rasgado. Porque é ao que me sabes. Nesta introdução metafórica da história - a tempo parado . A tempo que se calou sem dar por tal , para meu desprazer. Ferimo-lo a ele, coração - em tantos sentidos diferentes que, quebrando barreiras de espaço-tempo, não distinguimos mais o passado do presente - será porventura amor? Di-lo com as palavras certas, se as há, entre gestos certeiros e virgulas açucaradas (...)


São os meus dedos entrelaçados com a dor que lançam o relógio contra a parede e tudo (me) sabe
tudo (me ) sabe à ausência do amanhã. Porque não há tempo que me tire este gosto por ti. Este gosto de um amor a pique, um amor de baloiço, um amor de loucos, um amor doente, um amor vivo! Este irredutível amor pela tua imagem, recheio da pele e dos traços que traço em câmara lenta, com cheiro a vento e a cor... A do teu cabelo avelã, a de todo o mel que em ti existe.


(Sim vivo-te tanto quanto te amo). Em horas metódicas que para mim são minutos. Minutos. Minutos de um relógio quebrado por ti . Quando tiraste a corda ao meu relógio decrescente...


~ E ficou escuro, negro - noite.»


In Entre Corações e Palavras, aqui - http://tatianiinhaa.blogspot.com/2009_10_01_archive.html



Mas não!... Eu «não sou suficientemente decorativa para a tua vaidade»! Curioso, curioso é perceber que "as outras" nem decorativas são! Cuidado... Trata-me desse teu sentido de estética por favor! Ou será que se perdeu nessa busca incessante do que há-de vir ou talvez não? Eh pá, em alternativa, experimenta sintonizar de vez essas antenas, boa?...


E, antes de dizer Adeus
às Senhoras e aos Senhores, "postei" com direito a dois vídeos e três etiquetas. Olhem... Coisas Minhas, para ser diferente e tal...












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