Tenho-te em mim pelo tempo que for; Pelo tempo que durou e possa, quiça, durar. Contudo, tenho consciência (e aceito-o naturalmente) que não quero gostar de ti, na medida em que sei que não és para mim. Ou, dito de outra forma, sei que não te posso ter. Nem tu sabes ser tu logo... Será que te queria mesmo?
Não quero o primeiro beijo: basta-me o instante antes do beijo. Quero-me corpo ante o abismo, terra no rasgão do sismo. O lábio ardendo entre tremor e temor, o escurecer da luz no desaguar dos corpos: o amor não tem depois. Quero o vulcão que na terra não toca: o beijo antes de ser boca.
«Fomos o amor proibido e nem assim deixámos de ser o amor sagrado, só o nosso amor limpa o pecado, só um amor assim é sagrado, amei-te como se não houvesse pecado.» -- Pedro Chagas Freitas in "In sexus veritas".
Almoçámos pela primeira vez a 3 de Junho de 2010; Guardei uma das rolhas do Lambrusco e mostro-ta sempre que te deixo lá ir. Ficas orgulhoso e eu derreto-me (ainda mais). Enches-me a peito e alivias-me a alma.
Não te punha nem tirava nada. Não te mudava; Deixava-te ser! Mostrava-te apenas o Mundo (esta "coisa" maravilhosa que também é a vida simpática que dizes que eu tenho) mas assim através dos meus olhos, estás a ver? E mimava-te imenso e tal, não duvides. Palavras doces pela manhã, daquelas que só se proferem quando se gosta e se quer bem de verdade.
Pois sim, é que eu acredito em ti e no teu enorme potencial (e isto não é somente sexual, mas também é!). Ah, e gosto de fazer amor contigo mas também posso garantir que os teus beijos à chegada me fazem viajar para uma qualquer outra dimensão. Isto e a forma como nos abraçamos e encaixamos logo depois da pergunta: - Como é, podemo-nos abraçar e beijar já aqui? Ainda não respondeste e já estamos decorpos colados.
De há 3 anos para cá que o dia do teu aniversário me enche a semana e me renova. E para ti, o de sempre: o MELHOR. Não foi possível almoçarmos ontem mas brindei a ti. Sou uma fixolas. E quem sabe, não brindaremos (de corpos colados) um destes dias?