21 de outubro de 2014

A vida não gosta de esperar. Já eu, adoro fazer ó-ó.

Eu acordo com despertador todos os dias, excepto ao Domingo. Sim, tenho Domingos e também faço almoços e jantares  românticos comigo mesma. E vou ao cabeleireiro, à esteticista e manicure/pedicure, ao cinema, a todas as lojas que me apetece, independentemente de comprar ou não. Faço meditação, Reiki, cursos de Mindfulness e retiros espirituais, gosto de Sta. Rita de Cássia mas também tenho tatuagens no corpo e gosto de beber vinho tinto e ponchas. E ginjas em copinhos de chocolate, ali para os lados do Porto Moniz (mas tem que ser Inverno e estar muito vento e frio). Este ano também me lambuzei muito no Santo da Serra. Quer dizer, lambuzei-me em frango assado e em bolo do caco, assim cheiooo de manteiga de alho (não propriamente no Santo António, entenda-se), tudo bem regado a vinho tinto e boa companhia.

Agora lembrei-me que também vou à praia do CDS nas horas de calor e é tão bom, oh se é. E bebo minis pretas ao Sol, enquanto se comem batatas fritas de pacote a saber a sal e a azeite manhosos. E que dizer dos mojitos na Praia do Garajau, entre calhaus e pedras de todos os tamanhos e feitios, hein? Certo é que também vou dos Prazeres à Calheta na torreira do Sol, do Paul do Mar ao Estreito da Calheta; Fazemos praia em pleno Oceano Atlântico, ouve-se música reggae e não se sabe bem onde se está (eu hei-de visitar a Jamaica), rumamos ao arraial mais próximo todas "desgadelhadas", dançámos e "encaracolámos" num "Apita Ó Comboio" frenético. Por fim, não menos satisfeitas, sentámo-nos no chão para comer sandes de carne vinha d'alhos e beber vinho com laranjada, fugimos de pessoas e desejámos pôr o "rabixole" numa bela Virago. Mas a Rosa é que me conduzia, só naquela de sermos rebeldes.

Isto para não falar de uma vez que saímos de um cemitério no Redondo e, uns metros depois, desatámos a rir que nem loucas, perante os olhares curiosos e estupefactos dos demais. Isto sem contar que, sempre que se ouve aquele CD do Tony Carreira, o carro da Rosa torna-se num verdadeiro Olympia de Paris. Cantamos alto, baixo, "gesticulamos", ora com os bracinhos no ar (é o Tony que nos pede, atenção), ora com o corpinho a dar a dar. Houve quem ficasse tremendamente chocado mas nós lá continuámos, em palco! Simmmmmm...! Que vai ser nóssssss?!...

Bom, também tenho alturas em que passo horas sem fazer um cú, é verdade. E é muito bom. Mesmo. Mas está na altura de voltar a fazer o tricot com lã grossa e agulhas gordas, bem sentadinha no sofá, enquanto bebo chá de perpétuas roxas e embruteço a ouvir a Casa dos Degredos, que nos faz ter conversa para o resto da semana. Conversa e risota, ora bem.

Ter filhos deve ser igualmente bom; Não sei mas acredito que sim. Ser filha é maravilhoso, isso não posso negar. A propósito, acho MESMO que tudo faz parte, tal como diz a minha Comadre Célia. É maravilhoso de uma maneira ou de outra. Já fomos "ricas", é certo. Hoje, tendo um KING na vida e no coração, somos ainda mais felizes!
 
Gosto desta musiquinha, até porque a vida não gosta de esperar. Já eu, adoro fazer ó-ó!





[Oh pá, mas afinal quem é essa tal de Xana Toc Toc?]

Sem comentários: