26 de fevereiro de 2010

Sorrir na Madeira.





Foto do Primo Nuno...
Funchal, Julho de 2008.






Vim de Berlim sem ler jornais de Quarta a Sábado. Valeu-me a SMS do Primo Nuno e o telefonema do Papai, descansando-me sobre a Família... E eu que nada sabia do temporal na Madeira.


Temporal, tragédia, catástrofe... O que quiserem chamar. Tudo menos calamidade, senão o Alberto João manda "rolar umas quantas cabeças" aos cubanos (nós, os continentais...). Muito me admira que (aparentemente) exista uma profunda diferença entre laranjas e rosas quando, na prática, o Sócrates não é assim tãooo diferente do Alberto João. De prepotentes a arrogantes está lá tudo; A diferença é que o A. J. manda na Madeira e o S. manda em Portugal mas, tal como o A. J., também o S. gosta de "meter a mão" em tudo: finanças públicas, comunicação social, etc, etc, etc. E depois, coitadinhos: Ai não fui; Ai não fiz; Ai não disse... Pobres meninos ricos.

Passada que está quase uma semana do sucedido, recebi uma mensagem de correio electrónico de um Colega, também madeirense, contendo imagens da cidade do Funchal, já numa fase de "rescaldo" (se é que lhe poderemos chamar assim), numa altura em que já se consegue ir "esplanar", beber um cafézinho, fumar uns cigarros, beber umas Coral e... Sorrir.

Mais uma vez recordei com alegria, emoção e ternura dois dos grandes ensinamentos que a minha Mãe me deixou, provavelmente fruto da sua condição de pessoa que nascera numa ilha... A garra e a força de quem sabe que, mesmo estando profundamente mal, nada mais lhe resta do que erguer a cabeça e seguir em frente pois... Atrás vem gente. E, se assim não fosse, onde andaria eu agora?...

Bom, mas para além destas imagens, e já depois de me ter emocionado hoje com o que vi e ouvi na TV "tuga", eis que me dei conta que, em jeito de rodapé, apareciam estas frases:

"AMA como se nunca tivesses sido magoado.
DANÇA como se ninguém estivesse a ver.
VIVE a vida como se não existisse amanhã."

Notem que, aparentemente, estas palavras são adequadíssimas a toda a situação. Porém, para alguém como eu que partilhou 30 estrondosos anos com uma madeirense e que, após o seu desaparecimento precoce seguiu e "tocou" a sua vida para a frente, sinto-me muito, mas muito orgulhosa por:

-> Ter a capacidade de amar, seja em que altura for, magoada ou não pela vida e
-> Dançar onde quiser e ao sabor do vento, estando-me "nas tintas" para quem vê.


A combinação destas duas acções, amar e dançar, nada mais é do que...
VIVER como se não houvesse amanhã!








P.S. - Entre a Linda de Suza e um vídeo do A. J. a dançar o Bailinho... Não havia muito por onde pensar e escolher. Linda de Suza volta, estás perdoada. Mas cuidado com a mala de cartão pois o Inverno anda de mau humor :-D

Sem comentários: