28 de junho de 2009

Somewhere...

Foto de Paula Santos. Nuremberga, Alemanha. Junho de 2009.


Aqui fica um
post dedicado a todos aqueles que Amam Incondicionalmente.
Aqui fica um post
dedicado a todos os que não sabem Amar.
Aqui fica um post
dedicado aos Bem-Amados e até aos Mal-Amados.
Aqui fica um post
dedicado a todos os que sofrem e têm capacidade de sofrer por Amor.
Aqui fica um post
dedicado especialmente a todos aqueles que são felizes no Amor, para que saibam apreciar e agradecer todos os dias por esse bem tão precioso!


Sabemos tão bem que, um destes dias, não existirá eu e tu ou tu e eu. Ainda me questiono se algum dia existimos... Assim, dessa forma, um eu e um tu. Não, pois não? Não me engano, pois não? Mas a verdade, nua e crua, é que ainda penso em ti. Umas vezes dói, outras nem tanto.

Tenho saudades dos teus "poucos" e até mesmo dos teus "nadas". Raios! Que me deste a beber? Que me fizeste tu para que ainda te sinta assim, com esta intensidade tamanha? O desejo ardente, esse, prevalece. A vontade de te "querer" por perto ronda-me... Não é sempre, mas acontece. Umas vezes dói, outras nem tanto.

E deixo acontecer porque ainda me apeteces. Não voltei a sentir vontade de mimar e cuidar. Não voltei a sentir aquele "friozinho" no estômago que, até julgo, não saberes como e o que é. Nunca saberás o que paira nesta minha mente. N U N C A. Nunca saberás como é... Amar-te. Umas vezes dói, outras nem tanto.

Não me conheces na pele, no tacto, no cheiro e nem sequer no sabor. Não estive em ti. Estive para ti. Pensei até que me bastava mas... Enganei-me. E tu? Tu nada fizeste. Contribuíste, isso sim, para alimentar esta minha vontade de te querer, de te provar e saborear vezes sem fim. Sabes... Umas vezes dói, outras nem tanto.


Confesso que, tudo isto, ainda me custa. Custa-me horrores pensar o quanto me usaste, me feriste. E para quê? Nunca me disseste o que representei para ti. NADA, provavelmente NADA. E, assim sendo, there's nothing to declare. Deve ser isto que tu pensas sobre mim, não é? Umas vezes dói, outras nem tanto.

E o que sinto é qualquer coisa como...

«Em todas as ruas te encontro.

Em todas as ruas te perco.

Conheço tão bem o teu corpo,

sonhei tanto a tua figura

que é de olhos fechados que eu ando

a limitar a tua altura.

E bebo a água e sorvo o ar

que te atravessou a cintura.

Tanto, tão perto, tão real

que o meu corpo se transfigura

e toca o seu próprio elemento

num corpo que já não é o seu.

Num rio que desapareceu

onde um braço teu me procura.

Em todas as ruas te encontro

Em todas as ruas te perco.»


M. Cesariny



Nunca te tive. Nunca me deixaste ser Tua. Encontrei-me algures e, entretanto, onde estavas tu? Conheço bem o teu corpo. Sonhei-te vezes e vezes sem fim. Não tento sequer procurar-te pois sei que não queres que seja eu a encontrar-te. Mas insisto... Umas vezes dói, outras nem tanto.


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