18 de novembro de 2013

8 anos depois.

Costa da Caparica, Outubro de 2013.


"Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraído percorro ...
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa. "
-- Manuel António Pina, in "Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo. Calma é Apenas um Pouco Tarde".
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Mais um ano se passou. Chegámos ao 18.º dia do mês de Novembro. E contam-se já 8 anos. É incrivel como parece ter sido ontem, quiça antes de ontem. A dor é algo tão frio, tão angustiante. A dor é despropositada.
Dizem que a dor reflecte o choque e o trauma; Veste-se em nós e está ali, está aqui. Tão espelhada, tão reflectida (fere-me a vista). Nem todos a (e ME) conseguem ver (graças aos Céus). Eu também não deixo. Que me vejam, que me julguem, que me/nos lamentem. Eu não quero (nem vou) deixar que me vejam... Que TE vejam em mim. Tu és minha - seja lá o que isto for. E eu fui tua.
Apeteceu-me escrever novamente sobre este assunto. Vai na volta senti-me obrigada a fazê-lo. Não sou assim tão forte. Sou fraca. Quero que retenhas isto. Eu resisto e invento. Re-invento-me, mais concretamente. E resisto-me.
Nunca se fica igual. Nada é o que era, o que foi. O tempo corre desalmadamente que nem mil cavalos à solta num campo verde qualquer. Os mesmos mil cavalos que trago comigo. Ao peito, dentro peito. E depois pergunto-me: «-Qual peito? Qual coração?»
Não sei de mim. Mal sei quem sou. Mas eu era tua. E tu foste minha. Isto é tremendamente alucinante. É um carrossel que vai e volta e que me faz doer (voltei a falar de/da dor). Amanhã já não será isto. Será certamente outra coisa qualquer.
 

11 de novembro de 2013

Na boa conta, peso e medida!



No Dia de S. Martinho, comem-se castanhas e prova-se o vinho!