11 de março de 2011

Manias - OSHO: Devagar, Devagarinho.


Zen Tarot Card
Indo Devagar

«A meditação é uma espécie de remédio - seu uso será apenas passageiro. Quando você tiver apreendido a qualidade, não precisará praticar mais nenhuma meditação em particular, pois a atitude meditativa é que deverá permear todos os cantos da sua vida.

Andar é Zen, sentar-se é Zen.
Qual será então essa qualidade? A pessoa passa a andar de maneira vigilante, alerta, alegremente, sem metas a atingir, centrada, com amor, deixando-se fluir. E o caminhar é despreocupado. A pessoa senta-se com amor, alerta, vigilante, desinteressadamente - sem estar buscando alguma coisa em especial, mas apenas desfrutando a beleza do sentar-se sem fazer nada, o quanto isso é relaxante, repousante...

Depois de uma longa caminhada, você se senta à sombra de uma árvore, e a brisa vem e o refresca. A cada momento é preciso que a pessoa esteja bem consigo mesma - não empenhada em melhorar, cultivando alguma coisa, praticando alguma coisa.

Andar é Zen, sentar-se é Zen.
Falando ou em silêncio, movimentando-se, em repouso, a essência está à vontade. A essência está à vontade: esta é a idéia-chave. A essência está à vontade: esta é a afirmação-chave. Faça o que quiser, mas, no âmago mais profundo, permaneça à vontade, frio, calmo, centrado.


Comentário OSHO:

O Cavaleiro do Arco-Íris é um lembrete de que, exatamente como a tartaruga desta carta, nós também levamos conosco a nossa casa, aonde quer que vamos. Não há necessidade de apressar-se, não é preciso procurar abrigo em nenhum outro lugar. Mesmo quando mergulhamos nas profundezas das águas da emoção, podemos manter-nos abrigados em nós mesmos, imunes a dependências.

Há um momento em que você se prepara para deixar de lado quaisquer expectativas que tem cultivado a seu próprio respeito, ou a respeito de outras pessoas; prepara-se para assumir a responsabilidade por quaisquer ilusões que possa ter estado carregando. Nessa hora, não há necessidade de fazer nada, bastando repousar na plenitude de quem você é neste exato momento. Se os desejos, esperanças e sonhos estão se tornando vagos, tanto melhor. Seu desaparecimento está abrindo espaço para um novo clima de tranqüilidade e de aceitação das coisas como são. Você irá sentir-se capaz de dar as boas-vindas a esse crescimento pessoal, de uma maneira que nunca esteve antes ao seu alcance.

Desfrute essa sensação de diminuição do ritmo, de se aproximar do repouso, e de reconhecer que você já está em casa.

Osho The Sun Rises in the Evening Chapter 7»

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O meu comentário...
Ora nem mais, nem ontem!
É isto tudo mas sem o tal par de botas adicional.
Se eu tinha dúvidas e dificuldades em me "expremer"... Nada melhor que a sabedoria imensa do Ti' Osho.

Fresquinhas.

Um mês e 4 dias para ser bem precisa.
Ainda cheiras ao ventre da tua Mãe. Trouxeste contigo as marcas de uma expressão tão bem definida. A expressão de uma VENCEDORA.
Depois, é bonito de se ver: o teu Pai não sabe muito bem de que terra é; Os teus Avós estão perdidos, entre o rir e o querer devorar-te com os olhos e, acima de tudo, com o coração.
A tua Mãe, essa WonderWoman, alimenta-te enquanto me manda SMS. Como vês, somos (e também és) do FUTURO :)
És perfeito. Não te poderia ver tão tu, único e cheio de ti. 
Peguei-te, acarinhei-te. Reconheci-te a energia... Essa energia boa e pura que já emanava das entranhas da tua Mãe. A tal, a única. Aquela que ocupa um duplex gigante e luxuoso no meu coração e que, de certa forma, transporta com ela um pedaço da mim, da minha alma.
A tua pele é macia e doce. Não a provei mas senti-a como sendo um pouco minha.  Também. Assim, cá de dentro... Das minhas "coisas".
(Já) não sei viver sem ti. Se me perguntares porquê, não sei e nem te vou responder. Porque sei que não me queres ouvir falar disto. Se tenho medos?... Não, não tenho! Esses bandidos ficaram na sala da Catedral, no exacto momento em que chegaste a este Mundo... Precisamente há um mês e quatro dias.

Meandros e Defesas.

«Parei... inexplicavelmente parei, e os meus sentidos apontaram para ti. E surgiu uma torrente de porquês.

E curioso - a marca incriminante que me tolda -  fui ver o que era. Sacudi o pó que me cobria, e fui entreabrindo pequenas portadas acompanhado dos medos e receios. E não percebi (e não percebo)!
Outrora teria combatido a curiosidade, mas (ainda sem perceber) decidi continuar... E tu tão assustada como eu (e isso sempre soube).

Alguns porquês vão sendo respondidos, à medida em que nos deixamos entrar sorrateira e cuidadosamente nos nossos meandros, e baixamos algumas defesas. As necessárias para nos deixarmos conhecer...

Os toques, as pequenas e importantes partilhas, e aquele calor agradável que vem crescendo aos poucos.

Hoje embatemos, porque assim teria de ser, e prestei atenção... a ti. Os detalhes que quis avidamente absorver, porque a isso me dás vontade, fascinaram-me ainda mais (e eu ainda com medo de "desarrumar a casa" com a minha curiosidade).

Esta paragem onde ficámos... sem saber muito bem explicar.

Os porquês vão sendo renovados. A vontade continua...»

8 de março de 2011

Dos Palcos @Parte II.

«O nervoso miúdinho... acelerado por isto e tudo o mais. O dia que me atormentou (e atormenta), com todas as nuances, que de nuances não têm nada! Atormentam-me e eu de peito feito, a segurá-las, e a eles. Mas eles afundam-se e eu começo a perder as forças...

Deito-me, durmo sem dormir, olho para a fresta de luz, do resquício do mundo que vejo. Os comboios não passam. É Sábado, eles não passam... mas o ruído familiar faz-me falta! Mas viro-me para o lado, faço scroll e...

Sobressai o palco, cada vez me aproximo mais, absorvido pelas palavras que lavram um enorme billboard. O público está lá, começa a chegar, mas nem dou por ele na maior parte dos casos. Continuo absorvido. Ir em frente.

Tocam os Cocteau Twins agora... e o paralelismo é inevitável. A minha grande, grande paixão (foi ele que ma deu, como não podia deixar de ser). A Elisabeth Fraser hipnotiza-me com aquela beleza indescritível, indecifrável. E começo a viagem num solo ainda a desbravar... o nosso!

"Dinâmico" e "adrenalina". O palco e nós.»

Afinal de contas, the show must go on e ontem foi dia de espectáculo. Quem escreveu foi ele, não eu. Ainda estou para ver se fazemos sucesso e se, quem sabe, we never know Babe, não nos cai um livro de crónicas lá por ocasião da "meinha" do Papai Nöel... Depois será vê-los nas Fnac a assinar e a dar autógrafos.

Olha, cá te espero.


6 de março de 2011

Olhar vislumbrado para um palco qualquer.

«E continuo a olhar vislumbrado para o palco...»

Pois que existem situações em que temos de comprar os bilhetes e ficarmos sentados, impávidos e serenos, olhando para o palco, esperando tranquilamente tudo o que ali se há-de passar. Ou não. Umas vezes, esta espera vale a pena mas outras nem tanto. Tal como na vida.
Tudo gira. Tudo é tão tremendamente dinâmico que até assusta... Aguça-nos a curiosidade, queremos mais. Queremos tudo a que temos direito. Ficamos extasiados e de coração na boca, querendo saltar das cadeiras já quentes com o único propósito de rasgar aquele pano escuro e denso que ali está, à nossa frente, tão definido e prepotente e que nos impede de ver a obra. Temos ganas de entrar, de pisar o palco que, afinal de contas, (também) é nosso. A adrenalina? Essa tipa está em alta. A frequência cardíaca aumenta e ruborizam-se-nos as faces. Queremos sentir! Queremos tirar a roupa que nos impede do frio lá fora para sermos outros, tal como as cobras que se vão descascando entre folhas e arbustos no meio da areia já lama depois de uma noite chuvosa.
É gigante o nosso ensejo de pisar o palco. Aquele palco. Compraram-se os bilhetes. O espectáculo há-de continuar, com maior ou menor entusiasmo do público ou... O espectáculo pode acabar entre lágrimas e suor, entre beijos demorados e sobejamente molhados, entre aplausos e uns tantos "Bravo, Bravo", num frenesim constante do senta-levanta das cadeiras, cujos rabos já toldaram o veludo.
Mas notem, tudo isto são «(...) previews... sim, todos referentes à mesma obra. Qual? A ver vamos...».
Ainda assim, (já) valeu a pena. Vale sempre a pena. Mesmo que os bilhetes não sejam todos vendidos e que a plateia não se componha.


3 de março de 2011

Baby steps.

Psiuuuuu... Não façamos barulho. Ele pode estar a nanar.
Psiuuuuu... Ohhh... Mas ele é tão lindo; Dá vontade de pegar, de mexer, beijar... Sentir!
Psiuuuuu... Passo a passo. Day-by-Day. TOC TOC TOC! Estás aí? Estás, sim senhor.

Obrigada Baby F. És um verdadeiro TESOURO.

E com baby steps continuaremos a ver-te VIVER :)