28 de junho de 2009

Em jeito de... Pausa momentânea.
















Carta OSHO - 21. Conclusão.



«Este é o jeito Zen: não dizer as coisas até o fim. Isso precisa ser compreendido, pois é uma metodologia muito importante.


Não dizer tudo significa dar uma oportunidade para que o ouvinte complete o que está sendo dito. Todas as respostas vêm incompletas. O mestre só lhe terá dado uma direcção...

No momento em que você chegar ao limite, você saberá o que irá permanecer. Sendo assim, se alguém estiver tentando compreender o Zen intelectualmente, irá fracassar. Não se trata de uma resposta para uma pergunta, mas de algo maior do que a resposta. Trata-se da indicação da própria realidade...

A natureza do Buda não é coisa muito distante: a sua própria consciência é natureza de Buda. E a sua consciência é capaz de testemunhar as coisas que constituem o mundo.

O mundo chegará a um fim, mas o espelho permanecerá, espelhando o nada.


Comentário OSHO:

Aqui, a última peça de um quebra-cabeça está sendo colocada em seu lugar: a posição do terceiro olho, o lugar da percepção interior. Mesmo no fluxo sempre mutável da vida, há instantes em que chegamos a um ponto de completude. Nesses momentos, somos capazes de apreender o quadro completo, o conjunto de todas as pequenas peças que ocuparam por tanto tempo a nossa atenção.

No momento da conclusão, podemos tanto nos sentir em desespero - porque não queremos que aquela situação chegue a um fim -, como podemos nos sentir agradecidos e receptivos ao fato de que a vida é cheia de conclusões e de novos começos.

O que quer que tenha estado absorvendo o seu tempo e sua energia, agora está chegando ao fim. Ao concluir isso, você estará criando condições para que alguma coisa nova possa começar. Use essa pausa momentânea para celebrar ambas as coisas: o encerramento do velho e a chegada do novo.

Osho Joshu: The Lion's Roar Chapter 5


Enjoy...





Somewhere...

Foto de Paula Santos. Nuremberga, Alemanha. Junho de 2009.


Aqui fica um
post dedicado a todos aqueles que Amam Incondicionalmente.
Aqui fica um post
dedicado a todos os que não sabem Amar.
Aqui fica um post
dedicado aos Bem-Amados e até aos Mal-Amados.
Aqui fica um post
dedicado a todos os que sofrem e têm capacidade de sofrer por Amor.
Aqui fica um post
dedicado especialmente a todos aqueles que são felizes no Amor, para que saibam apreciar e agradecer todos os dias por esse bem tão precioso!


Sabemos tão bem que, um destes dias, não existirá eu e tu ou tu e eu. Ainda me questiono se algum dia existimos... Assim, dessa forma, um eu e um tu. Não, pois não? Não me engano, pois não? Mas a verdade, nua e crua, é que ainda penso em ti. Umas vezes dói, outras nem tanto.

Tenho saudades dos teus "poucos" e até mesmo dos teus "nadas". Raios! Que me deste a beber? Que me fizeste tu para que ainda te sinta assim, com esta intensidade tamanha? O desejo ardente, esse, prevalece. A vontade de te "querer" por perto ronda-me... Não é sempre, mas acontece. Umas vezes dói, outras nem tanto.

E deixo acontecer porque ainda me apeteces. Não voltei a sentir vontade de mimar e cuidar. Não voltei a sentir aquele "friozinho" no estômago que, até julgo, não saberes como e o que é. Nunca saberás o que paira nesta minha mente. N U N C A. Nunca saberás como é... Amar-te. Umas vezes dói, outras nem tanto.

Não me conheces na pele, no tacto, no cheiro e nem sequer no sabor. Não estive em ti. Estive para ti. Pensei até que me bastava mas... Enganei-me. E tu? Tu nada fizeste. Contribuíste, isso sim, para alimentar esta minha vontade de te querer, de te provar e saborear vezes sem fim. Sabes... Umas vezes dói, outras nem tanto.


Confesso que, tudo isto, ainda me custa. Custa-me horrores pensar o quanto me usaste, me feriste. E para quê? Nunca me disseste o que representei para ti. NADA, provavelmente NADA. E, assim sendo, there's nothing to declare. Deve ser isto que tu pensas sobre mim, não é? Umas vezes dói, outras nem tanto.

E o que sinto é qualquer coisa como...

«Em todas as ruas te encontro.

Em todas as ruas te perco.

Conheço tão bem o teu corpo,

sonhei tanto a tua figura

que é de olhos fechados que eu ando

a limitar a tua altura.

E bebo a água e sorvo o ar

que te atravessou a cintura.

Tanto, tão perto, tão real

que o meu corpo se transfigura

e toca o seu próprio elemento

num corpo que já não é o seu.

Num rio que desapareceu

onde um braço teu me procura.

Em todas as ruas te encontro

Em todas as ruas te perco.»


M. Cesariny



Nunca te tive. Nunca me deixaste ser Tua. Encontrei-me algures e, entretanto, onde estavas tu? Conheço bem o teu corpo. Sonhei-te vezes e vezes sem fim. Não tento sequer procurar-te pois sei que não queres que seja eu a encontrar-te. Mas insisto... Umas vezes dói, outras nem tanto.


26 de junho de 2009

Ainda Guardo Esse Sabor.

Porto Santo, Madeira. E eu perdida, algures no espaço e no tempo...

Estou que não me recomendo... Hoje. Apenas hoje. Porquê? Não me parece que tenha que existir um porquê.


"Respiro o Teu Corpo" de Eugénio de Andrade e "Mad About You" dos Hooverphonic dizem (quase) tudo.

Respiro O Teu Corpo

Eugénio de Andrade



Respiro o teu corpo:

sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,
sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.



21 de junho de 2009

Não mandes alguém...


Fotos de Paula Santos. Nuremberga, Alemanha. Junho de 2009.


O Amor Não Sabe Esperar

Sopra leve o vento leste
E encrespa o mar
Eu ainda te espero chegar

Vem a noite
Cai seu manto escuro devagar
Eu ainda te espero chegar

Não telefone, não mande carta
Não mande alguém me avisar
Não vá pra longe, não me desaponte
O amor não sabe esperar

Ficar só é a própria escravidão
Ver você é ver na escuridão
E quando o sol sair
Pode te trazer pra mim

Abro a porta, enfeito a casa
Deixo a luz entrar
Eu ainda te espero chegar

Escrevo versos
Rosas e incenso para perfumar
Eu ainda te espero chegar

Estar só é a própria escravidão
Ver você é ver na escuridão
E quando o sol sair
Tudo vai brilhar pra mim...





Status: Busy.

Foto de Paula Santos. Nuremberga, Alemanha. Junho de 2009.


Com a devida autorização da autora, a M. Z.., transcrevo este post simplesmente... Extraordinário.

«O único dia em que vou estar ocupada

Tu virás visitar-me um dia
E eu não poderei ver-te
Pois esse é o único dia em que vou estar ocupada

Tu irás telefonar-me um dia
E eu não irei atender a chamada
No único dia em que vou estar ocupada

Tu escrever-me-ás um dia
E eu não vou abrir a carta que enviaste
Nesse único dia em que vou estar ocupada

Tu quererás dizer-me algo importante um dia
E eu não vou ouvir-te
Isto no único dia em que vou estar ocupada

Tantos dias na vida, no ano, no mês, na semana e tu escolhes exactamente o único dia em que vou estar ocupada. Que hei-de fazer, podes dizer-me? Que hei-de fazer no único dia em que vou estar ocupada?
"Ocupada com o quê?" perguntas.
Ocupada com algo que não tu.
No único dia em que vou estar ocupada, estarei ocupada comigo e não preOCUPADA contigo.
No único dia em que vou estar ocupada... Ah, dia infame! Em todos os outros dias quis que me viesses visitar, que me telefonasses, que me escrevesses, que me dissesses algo importante, mas tu não o fizeste. Apenas te lembraste de mim no único dia em que vou estar ocupada.
Sabes que mais? Decidi deixar de estar ocupada no único dia em que iria estar ocupada.
Visitas-me? Telefonas-me? Escreves-me? Dizes-me algo importante?
Claro que não... O teu belo sentido de oportunidade só te permite fazer tudo isso nos únicos dias em que vou estar ocupada.
No único dia em que deveria estar ocupada, estarei, de novo, preOCUPADA...»


http://sand-witch.blogspot.com/2006/08/o-nico-dia-em-que-vou-estar-ocupada.html


E, por hoje, fico-me nesta Paragem. Depois do que a M. Z. escreveu em Agosto de 2006, podemos constatar que existem momentos, sentimentos e estados de Alma que são simplesmente... Intemporais.

A força das Palavras é transcendental. E que existam Faróis Aqui e Acolá que nos guiem sempre, ou quase sempre, da melhor maneira possível. Faz parte... Tudo faz parte do Todo.

Abraços e Beijos.


15 de junho de 2009

Pequenas Coisas... Upgraded Too!

Foto de Paula Santos. Munique, Alemanha. Junho de 2009.

"Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se..."

Gabriel Garcia Marques

Eu até sei que há quem julgue que tenho a mania das grandezas. Desenganem-se.

Sou apenas uma Mulher que sabe o quer, que não esquece o passado mas que só conhece o presente, que aprecia efectivamente as coisas boas da Vida tal como deseja ardentemente conhecer todas as pequenas coisas deste Mundo...

Sou determinada, animada mas frágil mas... Oh Meus Amigos! Não "papo grupos" e "fretes" quero vê-los à distância.

As palavras e as ideias chegam-me como jactos de água fria, daquela que eu gosto. Daquela que nos "entra" nos ossos. Porém, veio-me este título à cabeça e, de seguida, a frase do Gabriel Garcia Marques, que acabaram por se encaixar perfeitamente...

Continuo a pensar no "meu" livro. E suspiro tranquilamente...

P.S. -
Sweety... I really do miss You. "Lav U".

Tchüssss...

12 de junho de 2009

S's... Upgraded!

Foto de Paula Santos. Nuremberga, Alemanha. Junho de 2009.


Um "S" serve para escrever Santo António mas também Sunshine.

(Antes de mais, tenho que vos avisar que a escrita pode não correr ao sabor da pena como habitualmente... Estou na Alemanha e os tipos sao poupados até na escrita. "Népias" de "c´s cedilhados" e "tils"... Por isso, e porque quiseram vir aqui, tenham lá paciência. Tratarei de actualizar o post mal chegue a Lisboa! Se me lembrar, pois claro...)

Adoro o Santo António mas também aprecio bastante um belo de um Sunshine... Seja lá em que altura e em que companhia for!

Caramba, não vinha aqui desde o concerto da Sra. dos Sapatos Vermelhos. Parece mentira. E logo eu que gosto tanto desta minha "Filhota". A Paragem, claro. Coitada. Está meio "empenada"... A outra Mãe "sumiu-se". E eu nem sempre consigo ter tempo para vir aqui, mimá-la e cuidá-la.

Foram umas semanitas longas demais. Entre sorrisos, abraços, lágrimas, poucas horas de sono, muito trabalho, malas para fazer, telefonemas e mensagens, umas cervejas no Lumiar (que final de tarde fantástica, não foi?...), a sopa de agriões da Fátima, os abraços tão desejados de Miss C., as sabrinas vermelhas oferecidas com tanto mel e carinho... Foram, de facto, semanas longas.

Partida. O Meu Grande Amigo, o Sr. M., partiu no passado dia 8 de Junho. Para mim, tratou-se de mais uma Grande Prova de Amor Incondicional, daquele que só se conhece entre Mãe e Filha e entre Pai e... Filha. Foi o caso. A Filha diz ao Pai que está cansada e que, se for a altura de partir, tudo ficará bem e tranquilo. E o Pai sabe, melhor do que ninguém, que está efectivamente na altura de ir. Outras Paragens se avizinham. Bem haja Sr. M. Aqui ficaremos na alegria da sua imensa e bela forma de ser e de estar na Vida. E as nossas gargalhadas vão continuar a encher a sua sala, o Scala, a entrada do prédio e até os elevadores.

Fui à Praia e apanhei Sol. Fui à Praia e apanhei Sol na Quarta-Feira. Já me sinto uma "Goldiezinha", again. Tenho partes do corpo assim como que meio vermelhuscas, até dói um pouquinho mas depois passa! (Valha-me o gel de Aloe Vera e as aulas de Yoga que tive em Pakua para conseguir chegar ao meio das costas!)

Fiz as malas, dormi pouco mas cheguei à Alemanha. Ah pois é. Foi mesmo assim. Eram 23:15 de ontem quando comecei a fazer as malas! Dormi pouco mas acordei bem disposta. Rumei até aqui... E cá estou!

O Dia de Santo António é já amanha. Gosto mesmo do António, o Santo António. Tenho pena de não estar em Lisboa mas olhem... Assim passo o dia de forma diferente. As noites de Santo António são iguais a tantas outras. Subir até ao Castelo de S. Jorge, "jolas" e arroz-doce, caminhar, caminhar, música e sardinhas assadas, beber e beber. E descer de novo à Aldeia.

Aos Meninos Casadoiros de amanhã, a V., Filha da G. e o H., Filho da Tia T., desejo o melhor. Para Sempre... Se assim tiver de ser, claro!

Sou Muito Observadora e depois penso em (quase) tudo o que prende a minha atenção. Há dias aconteceu-me algo curioso. Apreciei e cobicei as mãos de alguém. Olhem, sou assim e não vou mudar. Gosto muito de ser assim... Diferente. E as mãos apreciadas sabem que sim.

Vou dizer adeus aos Senhores. Adeus Senhores. Fiquem bem. Eu estou muito bem!